Não havia um homem sequer para honrar Clériston Pereira da Cunha. Estamos na era dos tíbios.
A tibieza é um estado espiritual de indiferença ou falta de fervor moral. É um perigoso estado de alma, onde a pessoa não está plenamente comprometida com a verdade, mas também não está completamente afastada dela. É o típico morno.
A raiz da tibieza reside na falta de uma vontade forte e na negligência em cultivar uma vida de virtude. A busca constante da verdade, a consciência do sofrimento diário e o compromisso ativo com a eternidade são fundamentais para superar a tibieza.
A tibieza se origina da falta de empenho e do descuido na busca da verdade, na prática da virtude e na falsa preocupação com o outro, sobretudo o OUTRO que é DEUS. Essa postura representa um obstáculo ao crescimento espiritual e moral. É a marca do menino no corpo de um homem. É a substância do moleque.
A falta de entusiasmo para resistir às tentações e desafios da vida política, espiritual e moral presente nos tíbios gera o medo de sofrer.
E isso está relacionado ao temor que algumas pessoas têm em se envolver em atividades virtuosas e seguir a verdade devido ao receio das dificuldades e sofrimentos que podem enfrentar como resultado. O medo de sofrer não deve impedir alguém de perseguir a virtude e a vida moral, pois a recompensa espiritual e a busca do bem supremo devem superar esse medo.
Como encorajar os políticos a superar o medo de sofrer em busca do que é correto e virtuoso, se a vida delas nunca será afetada realmente pelas suas decisões? Qual senador terá o fim de Clériston?
Esse é o maior desafio do Brasil atualmente. É urgente denunciarmos os revolucionários, mas também os mornos, os tíbios, os covardes que se apresentam como coitadinhos quando têm todo os meios necessários de ação na mão.
O Senado é, não sozinho, claro, a imagem viva dos covardes. E é deles a culpa dos ímpios terem tanto êxito em toda maldade que praticam.
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