Moraes transforma inquérito sobre vazamento em “petição” em manobra para manter controle da investigação
Moraes mantém controle sobre investigação ao reclassificar inquérito que ele mesmo abriu, intensificando sua perseguição e ignorando princípios constitucionais
O tirano Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mais uma vez demonstra sua sanha persecutória e inconstitucional ao reclassificar o inquérito que ele próprio instaurou para investigar o vazamento de conversas de seus assessores. A investigação, agora tratada como uma “petição” — uma manobra que disfarça um inquérito formal como uma investigação preliminar —, foi alterada neste domingo por ordem do próprio Moraes à secretaria judiciária do STF.
Essa reclassificação surge em um momento de crescente crítica, inclusive dentro do próprio STF, sobre a manutenção de Moraes como relator do caso. Ao transformar o inquérito em uma "petição", Moraes não só tenta evitar que sua posição como relator seja questionada, mas também prolonga sua atuação sobre o processo, mantendo-se no controle da investigação.
O vazamento das mensagens que expuseram críticas aos métodos de Moraes gerou uma onda de apoio ao psicopata, dentro do STF, mas também levantou sérias preocupações sobre sua imparcialidade e a legalidade de suas ações. A abertura do inquérito, que já envolveu depoimentos à Polícia Federal e uma busca e apreensão na casa do ex-assessor Eduardo Tagliaferro, fez com que alguns integrantes do Judiciário pedissem a saída de Moraes da relatoria, o que ele tenta evitar com essa nova jogada.
A defesa de Tagliaferro já entrou com uma ação no STF pedindo o impedimento de Moraes, apontando o claro interesse direto do ministro na investigação. Não é a primeira vez que Moraes se utiliza de expedientes questionáveis para manter sua influência sobre processos que lhe são de interesse, numa clara afronta aos princípios constitucionais de imparcialidade e devido processo legal.
Esse novo inquérito, instaurado por Moraes após a revelação de que seu gabinete teria ordenado de forma não oficial a produção de relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões contra apoiadores de Jair Bolsonaro no infame inquérito das fake news, é mais uma peça no quebra-cabeça de um projeto de poder que se distancia cada vez mais das garantias democráticas.
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Defesa de Tagliaferro pede afastamento de Moraes de inquérito que investiga mensagens vazadas entre seus funcionários
O advogado do perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou o afastamento de Moraes da condução do inquérito que investiga o vazamento de mensagens de seu gabinete. A defesa alega que o ministro tem "nítido interesse na causa" e, portanto, estaria impedido de atuar no caso.
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Ditadores só caem na bala.
Allan, não te parece uma baita coincidência que no momento mais crítico para o ditador, ex-advogado do PCC, São Paulo seja posto em chamas e um dos presos confesse ser integrande da mesma organização criminosa? Muito suspeito este movimento e tem o selo de aprovação Nero. Psicopatas agem da mesma forma.