“Temos poucos ministros”, diz Lula após a criação do 38º ministério
No evento, o petista voltou a caracterizar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como "golpe"
O líder do regime socialista brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, nesta quinta-feira (14), que o governo conta com poucos ministros.
“É preciso pararmos de acreditar quando a imprensa diz que temos muitos ministros. Temos poucos ministros, é preciso de mais ministérios para cuidar desse país”, disse o presidente.
A declaração foi dada durante a abertura da 4ª Conferência Nacional de Juventude.
Em setembro, o governo federal publicou a medida provisória que criou o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, o 38ª do atual governo.
Em contrapartida, o ex-presidentes Jair Bolsonaro e Michel Temer iniciaram seus governos com 22 e 23 ministérios, respectivamente. No caso de Bolsonaro, críticas de liberais eram bem ásperas, mas hoje poucos abrem a boca.
Górpi
No evento, o petista também voltou a caracterizar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como “golpe”.
“Tudo que fizemos nesses primeiros 11 meses de mandato foi reconstruir aquilo que tínhamos construído até 2016, quando veio o golpe contra a Dilma”, disse Lula.
Ministro comunista
Na abertura da 4ª Conferência Nacional da Juventude, em Brasília, Lula também disse que estava feliz por conseguir “colocar um ministro comunista” no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao falar sobre os acordos políticos e as “conversas com quem a gente não gosta” para conseguir aprovação de projetos e equilibrar a “governança”, Lula se disse contente pela aprovação no Senado do nome de Flávio Dino para ocupar a vaga de ministro no STF.
“Vocês não sabem como eu estou feliz hoje. Pela primeira vez na história deste país, nós conseguimos colocar, na Suprema Corte deste país, um ministro comunista, o companheiro da qualidade do Flávio Dino”, comentou. Na sequência, ele foi ovacionado pelo público socialista.
4ª Conferência da Juventude
A conferência acorreu em Brasília deve reunir jovens socialistas de todo o país para discutir o que chamam de “políticas públicas para a população” com idade entre 15 e 29 anos. É o famoso assistencialismo pago pelo trabalhador.
O Conselho Nacional de Juventude tem caráter apenas consultivo. Ou seja, deve sugerir iniciativas voltadas para os “direitos da juventude”, além de promover estudos e pesquisas de cunho marxista sobre a “realidade dos jovens brasileiros”.
Ninguém irá discutir livre-mercado ou independência do Estado, obviamente.