STF julgará o fim do sigilo das imagens da suposta agressão ao filho de Moraes

O ministro Dias Toffoli, anteriormente, negou o pedido de cópia das gravações, permitindo apenas a visualização no STF

Na semana de 16 a 23 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a autorização ao acesso às gravações do aeroporto de Roma à defesa dos empresários acusados de supostamente “atacar” o ministro Alexandre de Moraes. Antes, o ministro Dias Toffoli recusou a entrega das cópias das filmagens, aprovando somente a sua visualização nas dependências do STF, uma medida que a defesa considera insuficiente para uma análise pericial completa.

As imagens, já examinadas pela Polícia Federal, apontam para a participação de Roberto Mantovani e sua esposa Andreia Munarão no episódio, desmentindo a narrativa do casal. A defesa, sob a liderança de Ralph Tórtima Stettinger Filho, defende a importância de uma avaliação pericial independente para prevenir um possível indiciamento injusto dos empresários e critica a limitação imposta ao acesso integral ao material de vídeo.

Por sua vez, a Procuradoria-Geral da República (PGR) desafia a manutenção do sigilo das gravações, criticando a determinação de Toffoli e demandando um acesso irrestrito. Este pedido é apoiado pela Assessoria Nacional de Perícia em Tecnologia da Informação e pela Coordenadoria de Investigação em Evidências Digitais e Eletrônicas, que veem a restrição como um impedimento às práticas adequadas de investigação e essencial para um escrutínio minucioso do vídeo. A expectativa pelo veredito do plenário do STF é alta, considerando seu papel crítico e parcial na investigação.