Produtores consideram securitização em meio a perdas na safra

O preço da soja despenca mesmo com quebra de safra. CONAB, estatal vinculada ao Ministério da Agricultura do Regime Lula, força desvalorização dos preços ainda mais.

O presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Orso, ressalta que os agricultores enfrentam desafios crescentes à medida que as perdas se agravam neste início de 2024. Com mais da metade das plantações de soja já colhidas na região, Orso destaca que a quebra varia entre 25% e 30% no oeste do Paraná, onde cerca de um milhão de hectares são cultivados com a oleaginosa em pequenas propriedades rurais.

"Essa realidade também se estende a outras áreas do estado. A situação é extremamente desafiadora, crítica e preocupante, uma vez que os preços das commodities permanecem estagnados. Esperávamos que o preço da saca de soja alcançasse pelo menos R$ 130, mas não atingiu esse patamar. Estamos considerando seriamente a securitização. É lamentável", desabafa Orso.

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná, as perdas no estado são atribuídas às temperaturas excepcionalmente altas registradas nos meses de dezembro e janeiro, combinadas com a escassez de chuvas durante um período crucial para o desenvolvimento das lavouras, como soja e milho.