Político do PT é fundador de empresa de ônibus investigada por lavar dinheiro do PCC
Mensagens de celular de ex-diretor da Transunião assassinado em 2020, evidenciam repasses realizados através do caixa da empresa ao PCC, informa polícia de SP.
A empresa de ônibus Transunião, uma empresa de transporte co-fundada pelo vereador do PT Senival Moura, atual líder da oposição na Câmara Municipal de São Paulo, está sob investigação após revelações de pagamentos semanais de R$ 70 mil ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Conforme investigações conduzidas pela polícia civil de SP, mensagens recuperadas do celular de Adauto Soares Jorge, ex-diretor da Transunião, que foi assassinado em 2020, evidenciam a regularidade dos repasses, realizados através do caixa da empresa.
Os jornais que tiveram acesso ao inquérito policial do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o qual permanece sob sigilo judicial, relatam que as investigações abrangem uma lista extensa de atividades criminosas, incluindo formação de quadrilha, tentativa de direcionar licitações, ameaça, extorsão, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O assassinato de Adauto Soares Jorge é o ponto primário da investigação. O ex-dirigente foi alvejado fatalmente em um estacionamento situado na rua Cônego Antonio Manzi, na zona leste da capital paulista. Acompanhado por Devanil Souza Nascimento, conhecido como "Sapo", antigo funcionário da Transunião e motorista do vereador do PT Senival Moura, Jorge foi vítima de uma emboscada, segundo informações da polícia.
As autoridades alegam que o homicídio está intrinsecamente ligado ao esquema de desvios de verbas da empresa Transunião, empresa que desde sua concepção, ainda como cooperativa, teria sido utilizada para lavagem de dinheiro provenientes do crime organizado, especialmente recursos vinculados aos chefes do PCC em São Paulo.
Tanto o vereador quanto o seu motorista negam quaisquer envolvimentos ilícitos. No entanto, o relatório do inquérito policial destaca a relação direta entre a morte de Adauto Soares Jorge e as atividades ilícitas da empresa de transporte público com o PCC em São Paulo.
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