Polícia de São Paulo investiga vazamento de informações a mando de Morares
Investigação evidencia acesso ilegal de dados relacionados a ameaças contra Alexandre de Moraes.
São Paulo (Revista Exílio) - A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo iniciou uma investigação sobre o possível vazamento de informações sensíveis para a equipe de segurança do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação começou na quinta-feira, 15 de agosto, após relatos de acesso não autorizado a dados sigilosos.
A investigação foi deflagrada após o jornal Folha de S. Paulo revelar que um órgão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acessou dados da Polícia Civil paulista a pedido da segurança de Alexandre de Moraes.
Wellington Macedo, policial do gabinete de Moraes no STF, solicitou a Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE (AEED), a apuração de ameaças e do possível vazamento de informações pessoais relacionadas ao ministro e sua família.
O pedido visava especificamente a exposição de dados pessoais e ameaças enviadas para números ligados a Moraes ou publicadas nas redes sociais.
Investigação do vazamento de dados
Tagliaferro afirmou ter obtido informações sigilosas com a ajuda de um policial civil de São Paulo “de sua extrema confiança”, cuja identidade não foi revelada.
O envolvimento da assessoria especial do TSE, que se ocupa principalmente de questões administrativas, em assuntos de segurança está fora de sua alçada, uma vez que o órgão não possui competência para realizar investigações criminais.
Em resposta aos questionamentos, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que a Polícia Civil instaurou um procedimento na corregedoria para apurar o envolvimento de um policial civil no suposto vazamento.
“O policial militar citado está regularmente afastado para exercer cargo em comissão junto ao STF”, afirmou a Secretaria em nota à imprensa.
Responsabilidade pela proteção dos ministros do STF
A proteção dos ministros do STF é responsabilidade da Secretaria de Segurança do STF, composta por policiais judiciais. Quando necessário, essa proteção é reforçada por agentes de outras corporações, como a Polícia Federal.
Em casos de ameaças aos ministros, a Secretaria de Segurança repassa as informações para as autoridades competentes, seja a Polícia Federal ou a polícia estadual.
O gabinete do ministro também pode acionar diretamente a polícia com um pedido de investigação por suspeita de crime.
Implicações políticas da investigação
Mensagens que revelam os pedidos de investigação feitos por Macedo ao órgão de combate à desinformação estão entre os mais de 6 gigabytes de dados trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, incluindo o juiz Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro. Essas trocas sugerem um fluxo de informações ilícito entre o STF e o TSE, com a assessoria especial da Corte Eleitoral supostamente atuando como um núcleo alternativo de investigação para o Inquérito das Fake News.
As conversas indicam que o gabinete de Moraes emitia ordens informais para a produção de relatórios contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Declarações do gabinete de Moraes
Em uma declaração, o gabinete de Moraes afirmou que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”.
Em uma das mensagens, Tagliaferro informou a Macedo que possuía e utilizava senhas de acesso ao sistema da Segurança Pública de São Paulo graças a uma “relação de confiança” com um amigo policial. Ele também pediu que a identidade do policial fosse mantida em sigilo.
Tagliaferro sugeriu ainda que os dados de Moraes e de seus familiares fossem tratados como os de policiais, evitando identificar qualquer dado específico e utilizando apenas o termo “Autoridade”. Ele afirmou que cumpria ordens e que “não se lembra de ter cometido ilegalidades”.
Xandona e sua imunda e vagabunda polícia federal têm que ser presos imediatamente.
Claro que não se lembra