Polícia civil de SP bloqueia R$ 8 BILHÕES do PCC para usar nas eleições
Organização criminosa usava empresa para lavar dinheiro do tráfico e financiar candidaturas em SP
São Paulo, Brasil - A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação de grande porte nesta terça-feira, cumprindo 20 mandados de prisão e 60 mandados de busca e apreensão em várias cidades do estado de São Paulo. A ação teve como alvo pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma organização criminosa notória.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Direitos da capital, com apoio da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi (DISE). Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de mais de 8 bilhões de reais em bens dos investigados. As autoridades também descobriram indícios de uso de empresas para lavagem de dinheiro e apoio financeiro a candidatos nas próximas eleições municipais na Grande São Paulo.
A operação teve início após a prisão de uma mulher em Itaquaquecetuba, São Paulo, suspeita de chefiar e armazenar cerca de 30 quilos de entorpecentes para a organização criminosa. As investigações apontaram que ela é esposa de um membro de alto escalão do PCC e era responsável por manter a comunicação entre os integrantes presos e aqueles que estão em liberdade.
De acordo com a polícia, outras pessoas estão sendo investigadas por participação em uma complexa rede de comunicação que sustenta a organização. A rede supostamente utiliza múltiplos canais, incluindo o envio de cartas entre presídios e mensagens pelo WhatsApp. As investigações também indicam que advogados atuavam como intermediários nas comunicações entre membros do PCC.
Lavagem de Dinheiro para a cooptação de Agentes Públicos
As operações do PCC supostamente envolviam um extenso esquema de lavagem de dinheiro com o objetivo de converter os lucros do tráfico de drogas em ativos legais. O delegado Fabricio Intelizano afirmou à CNN que a organização utilizava uma corretora de criptomoedas e um banco virtual para realizar transações. A empresa movimentou cerca de 500 milhões de reais durante a investigação, e a polícia apreendeu cheques no valor de 55 milhões de reais na sede da empresa em São Paulo.
A empresa estava registrada no nome de uma jovem de 23 anos, filha de uma candidata a vereadora em Mogi das Cruzes. O esquema de lavagem de dinheiro também tinha como objetivo financiar afiliados do crime organizado nas eleições municipais deste ano, lançando candidatos em diversos municípios. Outro candidato a vereador em Santo André também estaria sendo apoiado pela facção.
Além disso, uma servidora comissionada da prefeitura de São Bernardo do Campo está sendo investigada por seu envolvimento com um membro do alto escalão do PCC.
**Prisões, Apreensões e Foragidos**
A polícia cumpriu as ações em várias cidades, incluindo São Paulo (capital), Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Guarulhos, Santo André, São Caetano do Sul, Mauá, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Ubatuba, São José dos Campos, Sorocaba e Campinas.
Até o momento, 13 pessoas foram presas. A operação também resultou na apreensão de 20 celulares, sete veículos, três armas de fogo, 25 mil reais em dinheiro, 4.600 dólares e diversos relógios de luxo.
Entre os alvos ainda não localizados e considerados foragidos estão Patric Ueliton Salomão, conhecido como "Forjado" ou "Xuxu", identificado como uma das principais lideranças do PCC. Ele é acusado de ser o mentor de atentados contra o senador Sergio Moro e o promotor Lincoln Gakiya. Outro foragido é Décio Gouveia Luis, conhecido como "Décio Português", apontado como sucessor de Marcola, líder do PCC.
Por isso o bandido que está na presidência, segundo informações de deputados da oposição, está tentando costurar algo pra ter controle total das forças policiais.
O STF, na figura do Faquin, já tinha feito uma demonstração no RJ, quando proibiu de haver incursão policial nos principais morros do RJ.
Não podemos deixar o Brasil virar um México.
Isso é bom. Mas por que isso não é feito o tempo todo em vez de só às vésperas das eleições?