Perfil do partido Novo critica novo órgão de censura do TSE comandado por Moraes

"Disfarçado de cordeiro, nada é mais enganoso do que um órgão de censura", declarou o partido Novo em uma publicação nas redes sociais.

Em suas redes sociais, o partido Novo criticou veementemente o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE), instituído pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e comandado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O órgão foi criado com o objetivo de combater a disseminação de “informações falsas”, mas sabemos que o seu real objetivo será o de minar e perseguir candidaturas e influenciadores que são oposição ao governo Lula. Em seu perfil na rede social, o partido Novo equipara o órgão aos desmandos de regimes totalitários.

O CIEDDE, que conta com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), foi duramente criticado pelo Novo por sua atuação unilateral na regulamentação, interferindo na competência de outros poderes sem o respaldo do Congresso ou da sociedade.

O partido argumentou que, ao longo da história, muitos órgãos de censura se apresentaram com propósitos benignos, mas acabaram por implementar práticas autoritárias, citando exemplos de regimes como o nazista na Alemanha, o soviético na União Soviética, o fascista na Itália e o comunista na China.

"Disfarçado de cordeiro, nada é mais enganoso do que um órgão de censura", declarou o partido em uma publicação nas redes sociais.

O lançamento oficial do CIEDDE, novo órgão de censura no Brasil, foi realizado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, na última terça-feira (12/03). Durante a inauguração, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, assegurou que o órgão estará operando constantemente para garantir eleições justas, utilizando inclusive o poder de polícia da Agência.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o novo órgão terá uma função educativa primordial, mas também poderá atuar repressivamente para coibir abusos durante as campanhas eleitorais.

Em fevereiro, Moraes anunciou uma parceria com o Ministério da Justiça para rastrear pessoas que ameacem a democracia, porém, os detalhes dessa medida não foram divulgados até o momento, nem mesmo durante a cerimônia de lançamento do CIEDDE. O presidente do tribunal se absteve de responder perguntas da imprensa.

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