Pela primeira vez, PSDB não elege vereador em São Paulo
O paulistano assiste ao "Teatro das Tesouras"?
O PSDB, tradicional aliado do PT e partido que, por décadas, participou das dinâmicas políticas do “Teatro das Tesouras”, enfrentou agora um de seus maiores reveses, marcando um momento histórico para a legenda que, por muito tempo, simbolizou o poder na capital paulista.
Nas eleições do último domingo, o PSDB não conseguiu eleger nenhum vereador para a Câmara Municipal, um resultado inédito que evidencia a decadência de um partido outrora dominante.
Historicamente, o PSDB ocupou posições de destaque em São Paulo, tendo conquistado a prefeitura em 2020 com Bruno Covas e conquistado a maior bancada na Câmara Municipal ao lado do PT, ambos com oito vereadores. No entanto, as eleições deste ano revelaram um colapso absoluto: nenhum vereador foi eleito, e os quatro que conseguiram a reeleição ou fizeram por outros partidos, como PL e MDB, em um movimento de debandada que se intensificou após a decisão do PSDB de não apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes.
Enquanto isso, o PT manteve a liderança na bancada com oito vereadores, e partidos como PL e MDB ampliaram suas representações, sinalizando uma mudança no cenário político da cidade.
A perda de votos do PSDB, que alcançou apenas 2% na capital, não se restringiu a São Paulo. O partido tem enfrentado dificuldades em outros estados, como Minas Gerais, onde sua influência também se atraiu.
Será este um sinal de despertar para o público, que por décadas acreditou que o PSDB fazia oposição ao PT? Ou de que este partido, identificado como de direita, sempre esteve alinhado com o Partido dos Trabalhadores e seus aliados?
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