Países da América Latina cobram transparência nas eleições venezuelanas
Nota conjunta dos sete países destaca os obstáculos enfrentados pela oposição venezuelana no registro de candidaturas e outras questões que comprometem a transparência do processo eleitoral.
Em meio a um cenário de incerteza política, a oposição venezuelana permanece em suspense quanto ao registro da candidatura de Corina Yoris para as eleições presidenciais do país. O prazo para o registro, encerrado na última segunda-feira (25/03), levantou preocupações sobre a viabilidade da participação da candidata, com relatos indicando a recusa de sua candidatura pelo sistema do Conselho Nacional Eleitoral controlado pelo Regime de Maduro.
Corina Yoris, até o momento, não teve sua candidatura oficialmente confirmada, e a questão tem gerado repercussão não apenas no cenário interno venezuelano, mas também internacionalmente.
Governos de países como Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai expressaram sua "séria preocupação" com os possíveis impedimentos ao registro de candidatos presidenciais perante o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, que é controlado pelo Regime de Maduro, menos de 24 horas antes do prazo final.
A ausência do Brasil na assinatura do comunicado conjunto, conforme observado, realça uma postura clara adotada pelo governo brasileiro de Lula de fechar os olhos para as perseguições de opositores na Venezuela e favorecer o ditador chavista Nicolás Maduro. Com nenhuma crítica ao Regime totalitário de Maduro, Lula demonstra seu apoio ao ditadores e regimes socialistas na América Latina e ao redor do mundo. Em ocasiões anteriores, recebeu Maduro com tratamento protocolar de chefe de Estado, minimizando preocupações sobre a situação democrática na Venezuela.
A nota conjunta dos sete países destaca que os obstáculos enfrentados por Corina Yoris para o registro de sua candidatura somam-se a outras questões que comprometem a transparência do processo eleitoral. A denúncia dos partidos majoritários da oposição, MUD e UNT, sobre tais restrições levanta preocupações sobre a integridade do processo eleitoral como um todo.
"Esta situação, juntamente com as anteriores desqualificações que foram do domínio público, acrescenta questões sobre a integridade e transparência do processo eleitoral como um todo. Estas restrições impedem o progresso em direção a eleições que permitam a realização de um processo de democratização na irmã Venezuela", destacaram os países signatários.
As referidas "desqualificações anteriores" mencionadas no comunicado remetem a casos como o de María Corina Machado, que venceu as prévias em outubro, mas foi declarada inelegível por 15 anos pelos tribunais venezuelanos, alinhados ao governo Maduro. Tal contexto, marcado por restrições e punições a opositores políticos, levanta questionamentos sobre a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.
No encerramento do comunicado, os governos dos países signatários apelaram ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para reconsiderar a situação, visando assegurar que os cidadãos que preencham os requisitos constitucionais possam participar do processo eleitoral de forma justa e livre, garantindo assim a soberania do povo venezuelano na escolha de seu próximo governo.
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Não existe transparência em regimes ditatoriais