O Ministério Público argumentou a favor de uma decisão parcialmente favorável em uma disputa eleitoral envolvendo o ex-juiz Sergio Moro, citando abuso de poder econômico. A controvérsia gira em torno de uma quantia substancial de R$ 2 milhões, desembolsada durante a fase preliminar da campanha eleitoral de 2022.
Sob escrutínio estão as despesas consideradas incomuns para uma pré-campanha, incluindo a aquisição de um veículo blindado e custos significativos com segurança. Moro defende que tais gastos não influenciaram de maneira significativa a campanha.
A equipe de procuradores, liderada por Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado da Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, descartou acusações de financiamento ilegal de campanha por parte da equipe de Moro. Em um parecer detalhado, eles destacaram que o uso de recursos financeiros na pré-campanha pareceu excessivamente desproporcional, indicando um uso imprudente do poder econômico.
Além disso, os procuradores sugeriram a inelegibilidade tanto de Moro quanto de seu suplente, Luís Felipe Cunha, levantando questões sobre a ética e a integridade das práticas eleitorais.
Moro, atualmente senador, manifestou discordância com relação ao parecer da Procuradoria Eleitoral, argumentando que os gastos fora do estado do Paraná e os custos não relacionados diretamente à eleição (como gastos com segurança para proteção contra ameaças criminais) não deveriam ser considerados como despesas pré-eleitorais.