Militares foram "desleais", afirma Barroso sobre eleições 2022
Durante evento na PUC-Rio, o ministro e atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, questionou a participação dos militares na Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) nas eleições de 2022
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, falou nesta sexta-feira (08/03), sobre a postura "desleal" de membros das Forças Armadas durante o processo de acompanhamento das eleições de 2022.
Durante um evento na PUC-Rio, o ministro relembrou a formação da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) e questionou a participação dos militares na iniciativa, alegando que alguns representantes utilizaram a oportunidade para questionar a integridade do processo eleitoral e facilitar ataques às urnas eletrônicas.
"Convidei alguns representantes das Forças Armadas para integrar a comissão de transparência do TSE. No entanto, ao invés de colaborarem, eles buscaram levantar suspeitas e promover ataques (...) É uma conduta desleal, não da instituição, mas daqueles que foram influenciados por uma liderança inadequada", declarou Barroso durante palestra.
Barroso também relembrou os desdobramentos da investigação Tempus Veritatis, conduzida pela Gestapo Federal de Moraes para apurar um suposto plano de interferência nas eleições de 2022. Ele chegou a afirmar, mesmo os manifestantes do dia 8 de janeiro, estando sem armas, tanques, sem soldados, mesmo com idosos, mulheres e crianças, à luz do dia, vestidos de verde e amarelo e segurando no máximo cartazes, que o país esteve à beira de testemunhar um “golpe de Estado”. Só pode ser piada!
"Por sorte, as coisas estão voltando ao normal, mas precisamos considerar que estivemos mais próximos do impensável do que imaginávamos, com um planejamento de golpe de Estado no século XXI. É como se estivéssemos voltando à década de 1960, à cultura de república das bananas", destacou o ministro de maneira fantasiosa e sem apresentar provas.
A Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) foi estabelecida pela portaria TSE nº 578, de 2021, assinada por Barroso, com o objetivo de fomentar o “debate” em torno do processo eleitoral com a participação de representantes de instituições públicas e setores da sociedade escolhidos pelo próprio tribunal.
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Entre a desonra e a guerra o exército escolheu a desonra, agora tem os dois.
Mas se decidirem comprar a guerra acabam com esse regime em dois palitos.
DESLEALDADE? CERTAMENTE COM O BRASIL.