Lula janta com ministros do STF na casa do Barroso
Prática comum no Brasil, mas repugnante em repúblicas livres
O líder socialista Luís Inácio Lula da Silva chegou ontem ao jantar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na casa do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, acompanhado de Janja.
O jantar é um evento que expressa de modo inequívoco um momento de “interação” entre os poderes Executivo e Judiciário, ressaltando a importância do diálogo e do relacionamento institucional entre diferentes esferas do regime socialista.
Embora encontros como este sejam comuns no contexto político brasileiro, em países de primeiro mundo é incomum que presidentes jantem nas casas de membros da Suprema Corte, e não há registros públicos desse tipo, por exemplo, nos EUA.
O razão é bem simples. A relação entre o Executivo e a Judiciário geralmente é mais formal e institucional, com interações ocorrendo em ambientes oficiais ou em eventos públicos.
A natureza dessas interações é moldada pela necessidade de manter a separação e independência entre os poderes executivo e judiciário. Enquanto existem eventos em que as partes estão presentes, como o Discurso do Estado da União, cerimônias de posse, ou outros eventos oficiais, reuniões privadas, especialmente em residências pessoais, não são de bom tom.
Isso se deve, em parte, à preocupação com a preservação da imparcialidade judicial e à percepção pública da independência da Suprema Corte em relação ao poder executivo. A transparência e a separação clara entre os poderes são valores importantes na república.
O evento, embora seja prática comum no Brasil, soa repugnante em repúblicas livres.