Israel inicia incursão terrestre no Líbano contra terroristas do Hezbollah
Horas antes da incursão israelense, o grupo terrorista islâmico Hezbollah afirmou ter atingido tropas israelenses na cidade de Metula, que fica ao norte de Israel.
Na noite de ontem, segunda-feira (30/09), e madrugada desta terça-feira (01/10), tropas israelenses entraram no território libanês em uma ação militar que o exército de Israel classificou como "limitada, localizada e direcionada" contra o grupo terrorista Hezbollah. O objetivo da operação, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), é neutralizar ataques terroristas e "ameaças imediatas" contra comunidades israelenses próximas à fronteira.
Em comunicado oficial, as IDF afirmaram que as forças do grupo terrorista Hezbollah representam um risco iminente e que a incursão de defesa busca eliminar essa ameaça constante contra civis israelenses. O vice-líder do grupo terrorista islâmico Hezbollah, Naim Qassem, declarou que o grupo estava preparado para uma ofensiva terrestre israelense e que o confronto "pode ser longo".
Enquanto isso, Avichay Adraee, porta-voz árabe das Forças de Defesa de Israel (IDF), acusou o grupo terrorista Hezbollah de utilizar civis como escudos humanos durante seus ataques no sul do Líbano. Adraee também alertou os cidadãos libaneses para que evitem viagens em veículos na região sul do Líbano, particularmente através do rio Litani, onde há registros de bombardeios.
Hezbollah ataca Metula
Horas antes da incursão israelense, o grupo terrorista islâmico Hezbollah afirmou ter atingido tropas israelenses na cidade fronteiriça de Metula, localizada ao norte de Israel. A IDF relatou que "cerca de cinco lançamentos" de artilharia foram detectados na área e alertas foram emitidos. O exército de Israel declarou as regiões ao redor de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, no norte do país, como "zonas militares fechadas", restringindo o acesso de pessoas não militares.
O anúncio da incursão veio em meio à crescente tensão no Oriente Médio. De acordo com a IDF, a operação visa neutralizar os ataques do grupo terrorista Hezbollah, que possui forte presença no Líbano. Em publicação nas redes sociais, o exército israelense confirmou que as ações foram baseadas em inteligência e planejadas para atacar alvos terroristas específicos no sul do Líbano.
Apoio aéreo e artilharia
As IDF também informaram que suas tropas foram treinadas nos últimos meses para esse tipo de operação, que conta com suporte aéreo e artilharia. O exército destacou que a incursão tem caráter limitado e não visa a ocupação prolongada do território libanês.
O vice-líder do grupo terrorista Hezbollah, Naim Qassem, já havia antecipado a possível incursão israelense, afirmando que o grupo estava pronto para resistir. Essa foi a primeira declaração pública de uma liderança do grupo terrorista Hezbollah após a morte de seu líder, Hassan Nasrallah, em um ataque israelense na última sexta-feira (27/09), intensificando o conflito.
EUA apoiam com cautela
Nos Estados Unidos, o governo expressou uma postura de apoio cauteloso à operação israelense. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, conversou com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e afirmou o direito de Israel à autodefesa, destacando, no entanto, que uma solução diplomática seria necessária.
Austin ressaltou que os Estados Unidos estão prontos para defender seus interesses e aliados contra possíveis ações do Irã, principal apoiador do grupo terrorista Hezbollah. O secretário advertiu que qualquer tentativa de Teerã de expandir o conflito resultaria em sérias consequências.
A incursão no Líbano ocorre em meio a um cenário de alta tensão na região, com o grupo terrorista Hezbollah tentando reorganizar suas forças após semanas de ataques aéreos israelenses. Especialistas apontam que o desfecho da operação pode ter impacto direto nas negociações diplomáticas e no equilíbrio de poder no Oriente Médio, além de reduzir drasticamente os ataques terroristas do Hezbollah contra civis israelenses.
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