Israel avisa à ONU que só vai parar quando resgatar todos os reféns
Israel: "A decisão do Conselho de Segurança não tem significado operacional para nós. (...) Israel tem a obrigação moral de continuar a lutar até que todos os reféns sejam libertados".
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou que o país rejeitou a solicitação de cessar-fogo na Faixa de Gaza feita pelo Conselho de Segurança da ONU na última segunda-feira (25/03). O representante israelense afirmou que Israel só considerará uma possível trégua após eliminar o grupo terrorista Hamas e resgatar todos os reféns.
"O Estado de Israel não irá cessar as operações militares", escreveu Katz no Twitter. "Nós iremos destruir o Hamas e continuaremos lutando até que todos os reféns sejam libertados."
Segundo autoridades israelenses, o Hamas mantém 99 reféns vivos, com um total de 130 pessoas, das quais acredita-se que 31 possam estar mortas. Esses civis foram sequestrados pelos terroristas em 7 de outubro, quando um ataque a Israel resultou na morte de 1.200 civis.
Benny Gantz, outro membro do governo israelense, endossou as declarações do ministro das Relações Exteriores e minimizou a decisão do conselho.
"Israel tem a obrigação moral de continuar a lutar até que todos os reféns sejam libertados e a ameaça do Hamas seja eliminada, e é isso que faremos", escreveu Gantz. "A decisão do Conselho de Segurança não tem significado operacional para nós."
A resolução foi aprovada pelo conselho na segunda-feira, com os Estados Unidos, aliados de Israel, optando pela abstenção na votação. Como membros permanentes do conselho, os EUA têm poder de veto. Após a decisão, o governo israelense cancelou a visita de duas autoridades a Washington.
Em comunicado, Israel afirmou que a postura dos EUA "dá ao Hamas esperança de que a pressão internacional lhes permitirá obter um cessar-fogo sem libertar nossos reféns".
A resolução, apoiada por 14 países, incluindo China e Rússia, exige um cessar-fogo imediato durante o mês sagrado islâmico do Ramadã e a libertação de todos os reféns, além de garantir a entrada de ajuda humanitária na região. Esta é a primeira resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU após quatro tentativas fracassadas.
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