Israel avalia retaliar plataformas de petróleo e instalações nucleares do Irã
Após ataques do Irã, autoridades israelenses avaliam ações militares, incluindo alvos nucleares, lideranças e plataformas de petróleo. A decisão final será coordenada com os Estados Unidos.
Israel avalia responder ao ataque massivo de mísseis balísticos do Irã, ocorrido ontem, terça-feira (01/10), com ofensivas direcionadas a infraestruturas estratégicas iranianas, como plataformas de petróleo e gás, ou até mesmo atacando diretamente instalações nucleares do país. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (02/10), com base em declarações de fontes israelenses.
De acordo com o portal Axios, entre as possíveis ações também estão sendo consideradas a eliminação de líderes militares e membros do governo iraniano e a destruição de sistemas de defesa aérea do país.
Um ataque a instalações de petróleo no Irã poderia impactar profundamente a economia local, e qualquer uma dessas respostas seria uma nova escalada no conflito que já se estende por quase um ano, desde que o grupo terrorista Hamas lançou uma série de atentados e ataques contra Israel em outubro de 2023.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com os principais líderes de segurança na sede das Forças de Defesa de Israel (IDF), em Tel Aviv, nesta quarta-feira (02/10), segundo comunicado de seu gabinete. A reunião ocorreu poucas horas antes do feriado de Rosh Hashaná, que marca o Ano Novo Judaico.
No encontro, foram discutidas as possíveis respostas contra o ataque iraniano, que envolveu o lançamento de 181 mísseis balísticos diretamente contra áreas civis de Israel. A maior parte desses mísseis foi interceptada pelos sistemas de defesa israelense e norte-americano, enquanto a população israelense buscava abrigo em refúgios antiaéreos por todo o país.
Uma foto divulgada pelo Gabinete do Primeiro-Ministro mostra Netanyahu ao lado de importantes líderes de segurança, como o ministro da Defesa Yoav Gallant, o chefe de Estado-Maior das IDF, tenente-general Herzi Halevi, o chefe do Mossad David Barnea e o chefe do Shin Bet Ronen Bar. Também participaram da reunião o major-general Ronen Gofman, assessor militar de Netanyahu, e Tzachi Braverman, chefe de gabinete do primeiro-ministro.
Essa reunião ocorreu após outra, de longa duração, do gabinete de segurança israelense, realizada em um bunker em Jerusalém na noite anterior. De acordo com o Axios, essa reunião terminou com a decisão de que Israel responderia militarmente ao ataque, embora não tenha sido dito publicamente o que foi decidido nessa reunião.
A falta de uma decisão específica estaria relacionada ao desejo de coordenar qualquer ação com os Estados Unidos. Netanyahu deve conversar com o presidente dos EUA, Joe Biden, ainda na noite desta quarta-feira.
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