Instituição ligada ao Senado alerta para colapso financeiro no Brasil
Sem ação imediata do governo e do Congresso, finanças públicas podem entrar em colapso, aponta Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal.
Recentemente, o CEO da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Marcus Vinícius Pestana, emitiu um alerta preocupante sobre o risco iminente de colapso nas finanças públicas do Brasil. Em entrevista foi concedida ao jornal Folha de S.Paulo, Marcus Pestana ressaltou a necessidade urgente de reformas estruturais para evitar uma deterioração financeira que pode se tornar irreversível.
Segundo ele, sem uma resposta rápida e eficaz tanto do governo quanto do Congresso Nacional, o país enfrentará um declínio contínuo e perigoso na saúde de suas contas públicas. Este cenário é agravado pela quinta semana consecutiva de piora na previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme indicado pelo Boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 19, pelo Banco Central.
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Impacto do "Arcabouço Fiscal" e Desafios à Frente
De acordo com dados recentes da IFI, a implementação da nova regra do "arcabouço fiscal", aliada à recuperação das vinculações mínimas constitucionais para saúde e educação, além da política de valorização do salário mínimo, terá um impacto estimado de R$ 1,7 trilhão ao longo da próxima década.
Essa soma representa 6,4% do total projetado para os gastos primários no período, que totalizam R$ 25,9 trilhões. Já no próximo ano, o impacto direto será de R$ 39 bilhões.
"Recentemente, discutimos um decreto que congelou R$ 15 bilhões em despesas num Orçamento de R$ 2,2 trilhões", comentou Pestana à Folha, referindo-se ao bloqueio de gastos anunciado pelo governo no final de julho. "Isso é insignificante, menos de 1%, e ainda assim gera disputas internas no governo."
Necessidade de Reformas Estruturais
Pestana argumenta que o Brasil precisa de uma reforma estrutural profunda para escapar do que ele chama de "estagnação fiscal". As projeções da IFI indicam que, sem mudanças, o atual arcabouço fiscal se tornará insustentável até 2027, ou possivelmente antes, em 2026, sob um cenário mais pessimista.
"Como dizia minha mãe, ou fazemos as mudanças por bem ou por mal. Chegaremos a um ponto de estrangulamento total. Melhor agir agora", aconselha Pestana. Ele sublinha que o papel da IFI é justamente alertar o Congresso, a mídia e a sociedade sobre a insustentabilidade da trajetória atual.
Orçamento Rígido e Futuro Comprometido
Pestana também destaca que a rigidez do orçamento brasileiro, um dos mais inflexíveis do mundo, compromete investimentos essenciais em infraestrutura e inovação. "Menos estradas, ferrovias, portos, aeroportos, moradia, saneamento, ciência e tecnologia... O Brasil está sacrificando seu futuro por conta dessa estrutura orçamentária rígida", adverte.
Se o problema não for enfrentado com coragem, ele prevê que os líderes do país continuarão apenas redistribuindo impostos para cobrir benefícios e salários, sem margem para efetivamente governar.
"A caricatura que vejo é a de um governo que não conseguirá mais governar", conclui Pestana, observando que, embora o Brasil não esteja à beira de uma crise fiscal como a da Venezuela ou Argentina, a situação é "gerenciável, mas em um ambiente extremamente medíocre".
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Pois é... por pior que seja dolorido, talvez só assim pra mesma turma que acreditou, e até hoje ainda acredita cegamente, no "a economia a gente vê depois", conseguir entender que NÃO FUNCIONA a utopia que diz que "vai haver igualdade e harmonia mas é 'necessário' pagar o preço pra isso, que é a corrupção pra encher os bolsos dos políticos que aderirem à causa, enfim os fins justificam os meios, e esses mesmos políticos estão completamente certos em tudo porque falam o que eu quero ouvir".
Dinheiro na mão de ladrão é vendaval.