Gustavo Petro, aliado de Lula e membro do Foro de SP, é investigado por corrupção eleitoral na Colômbia
Conselho Eleitoral da Colômbia inicia apuração de corrupção e irregularidades em doações e despesas de campanha do atual presidente combiano Gustavo Petro.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Colômbia anunciou, na última terça-feira (08/10), a abertura de uma investigação contra o presidente Gustavo Petro por supostos excessos nos gastos de sua campanha em 2022. Relatórios detalham que a candidatura de Petro ultrapassou o teto orçamentário permitido em cerca de 5,3 bilhões de pesos, o equivalente a aproximadamente R$ 7 milhões. Parte das doações que impulsionaram esses gastos extras veio de sindicatos de petroleiros e professores.
Em uma declaração contundente, Petro respondeu às acusações, afirmando que “o golpe começou” e alegando, como em outras ocasiões, que pode haver uma tentativa de afastamento por vias judiciais ou até ameaça de assassinato. O presidente será investigado junto com Ricardo Roa, seu ex-chefe de campanha e atual presidente da Ecopetrol, a gigante estatal de petróleo.
O Papel do CNE e as Limitações Legais
Ao contrário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil, o CNE colombiano não possui poder para destituir o presidente. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o órgão pode aplicar multas e recomendar que o caso siga para o Congresso. Contudo, com a maioria de Petro na coalizão governista, um processo de impeachment é pouco provável, embora ainda levante questionamentos na sociedade colombiana sobre a integridade da gestão atual.
A defesa do presidente, liderada pelo advogado Héctor Carvajal, alega que a ação do CNE infringe o foro privilegiado presidencial e declarou que não aceitará as decisões do conselho, prometendo medidas legais em resposta. Além disso, Petro acusa alguns magistrados do CNE de terem ligações com partidos de direita, o que, segundo ele, questiona a imparcialidade do processo.
Acusações e Polêmicas com Laços Familiares
As tensões entre Gustavo Petro e o sistema judiciário colombiano ganharam novas dimensões quando seu filho, Nicolás Petro, admitiu ter aceitado dinheiro de um traficante de drogas para a realização de eventos de campanha na costa caribenha. Esse escândalo, que veio à tona em julho de 2023, levou à detenção de Nicolás, investigado por lavagem de dinheiro. Embora afirme desconhecimento sobre as transações ilícitas do filho, Petro enfrentou críticas de todos os lados, especialmente após o apoio da tradicionalmente direitista costa caribenha nas eleições.
As acusações trazem à tona uma fase difícil para Gustavo Petro, que, além das investigações, enfrenta manifestações em massa contrárias ao seu governo em várias regiões do país.
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