Funcionários do Banco Central anunciam greve e prometem ‘apagão’
Pix pode ficar fora do ar por 24 horas
Funcionários do Banco Central do Brasil planejam uma greve de 24 horas nesta quinta-feira, que pode resultar em um "apagão" nos serviços do órgão. Isso inclui a suspensão da divulgação de informações, interrupções nos sistemas do Pix e atrasos no desenvolvimento do Drex, a moeda digital do país. Mais de 70% dos funcionários estão inclinados a participar da paralisação, segundo o Sinal, o sindicato nacional dos funcionários do BC.
A greve é motivada pela insatisfação com as "concessões assimétricas" oferecidas a outras categorias do funcionalismo público, como auditores da Receita Federal e funcionários da Polícia Federal. O sindicato critica a falta de equidade nas concessões dadas pelo governo federal.
Além disso, há uma disputa em torno dos cargos comissionados. O Sinal afirma que os funcionários estão dispostos a abandonar esses cargos em fevereiro se as negociações com o governo não progredirem, o que pode prejudicar a administração do BC devido à falta de pessoal para executar serviços.
O sindicato também expressa preocupação com o que descreve como a abordagem autoritária do presidente do BC, Roberto Campos Neto, especialmente em relação à proposta de emenda constitucional que trata da independência do Banco Central. Fábio Faiad, presidente do Sinal, critica Campos Neto por tentar ajustar as diferenças salariais na alta administração do BC, sugerindo que diretores insatisfeitos procurem outras empresas.
Os trabalhadores reivindicam uma "retribuição por produtividade institucional", reajuste salarial, exigência de nível superior para o cargo de técnico e a mudança do nome do cargo de analista para auditor.
Em uma nota separada, foi relatado que um jornalista da Globo teve um mal súbito, foi internado na UTI, mas a emissora só confirmou o incidente uma semana depois.