Elon Musk pede a libertação do fundador do Telegram preso na França
Pavel Durov, dono e fundador da plataforma Telegram, foi inicialmente detido sem acusações formais, embora possa enfrentar acusações relacionadas à falha em controlar o conteúdo ilegal.
O empresário Elon Musk, proprietário da plataforma Twitter/X, fez um apelo público pela libertação de Pavel Durov, fundador do Telegram, que foi detido na França. A prisão ocorreu no sábado, 24 de agosto, na pista do aeroporto Le Bourget, em Paris, logo após a chegada do jato particular de Durov. O incidente desencadeou um acalorado debate sobre os limites da liberdade de expressão e as ações do Estado de Direito.
Durov foi inicialmente detido sem acusações formais, embora possa enfrentar acusações relacionadas à falha em controlar o conteúdo ilegal e as transações realizadas através do Telegram. Em resposta à detenção, Musk alertou sobre os riscos para a democracia, pedindo às autoridades francesas que libertassem Durov. "A prisão de Pavel sinaliza tempos perigosos para a democracia", escreveu Musk.
Em uma postagem na rede social, Musk expressou sua preocupação com o futuro da liberdade de expressão na Europa, afirmando: "POV [ponto de vista]: Estamos em 2030 na Europa e você está sendo executado por curtir um meme." Ele também fez referência à importância das emendas constitucionais nos Estados Unidos, afirmando que "a 2ª emenda é a única razão, a longo prazo, para que a 1ª emenda seja mantida", em defesa do direito ao porte de armas e da liberdade de expressão.
Musk, que também lidera a Tesla e a SpaceX, tem se destacado como um crítico fervoroso da censura, posicionando-se como defensor da liberdade de expressão em meio ao que vê como uma crescente intervenção governamental. A prisão de Durov também foi criticada por Chris Pavlovski, CEO do Rumble, que condenou a ação das autoridades francesas, sugerindo que ultrapassaram limites ao deter Durov por supostamente não censurar conteúdos na plataforma.
A detenção de Pavel Durov ainda não resultou em acusações formais, mas o caso continua a atrair a atenção internacional, ressaltando as tensões entre liberdade de expressão e regulamentação governamental no ambiente digital.
Justiça francesa prorroga detenção de Pavel Durov, CEO do Telegram, por 48h
A justiça francesa estendeu a prisão do CEO do Telegram, Pavel Durov, após sua detenção no sábado, no aeroporto de Le Bourget, como parte de uma investigação que envolve 12 acusações criminais, incluindo cumplicidade em crimes sexuais contra crianças e tráfico de drogas.
Um juiz francês decidiu prolongar a detenção de Durov por mais 48 horas. Ao término desse prazo, as autoridades terão que decidir entre liberá-lo ou formalizar as acusações contra ele.
Durov, que possui cidadania russa, francesa e dos Emirados Árabes Unidos, enfrenta ainda acusações de fraude, associação criminosa e recusa em fornecer informações às autoridades francesas.
A prisão de Durov gerou uma reação intensa por parte do governo russo, que classificou o ato como politicamente motivado, criticando o que considera ser um “duplo padrão” ocidental em relação à liberdade de expressão. Por outro lado, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que a prisão de Durov não tem conotação política, mas faz parte de uma investigação conduzida de maneira independente.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos está monitorando de perto a situação e solicitou à França que garanta assistência consular a Durov. No entanto, a embaixada russa em Paris informou que o acesso consular foi negado, uma vez que as autoridades francesas reconhecem a cidadania francesa de Durov como a principal.
O Telegram, fundado por Durov após enfrentar pressões das autoridades russas, é atualmente uma das plataformas de mensagens mais populares, com quase um bilhão de usuários. A plataforma tem ganhado popularidade tanto na Rússia quanto na Ucrânia, servindo como um meio alternativo de comunicação e disseminação de notícias.
Em 2018, o governo russo tentou bloquear o Telegram, mas não teve sucesso. Em resposta às acusações, o Telegram divulgou um comunicado afirmando que cumpre as leis da União Europeia e que suas práticas de moderação estão alinhadas com os padrões da indústria.
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Resumindo, é direito apenas quando os convém.
Na minha humilde opinião ele deveria estar solto se prenderam ele porque tem criminosos em seu app deveria prender todos os presidentes, pois em todos os países tem criminosos nas barbas dos governantes.