Drones ucranianos atingem Moscou e outras regiões
No distrito de Ramenskoye, em Moscou, vários edifícios militares, do governo e alguns residenciais próximos sofreram danos graves, e um incêndio tomou conta de diversos prédios.
A Rússia foi alvo de um ataque massivo de drones ucranianos nas primeiras horas do dia de ontem (10/09). Como alvo, os ataques ucranianos incluiram Moscou e outras regiões estratégicas próximas da capital. As autoridades ligadas ao Regime de Putin confirmaram a morte de pelo menos uma pessoa e danos consideráveis em várias áreas de vital importância.
"Durante a noite, o regime de Kiev tentou realizar um ataque terrorista em nosso território com o uso de veículos aéreos não tripulados (VANTs). Nossas defesas aéreas interceptaram e neutralizaram 144 drones de asa fixa", informou o Ministério da Defesa russo em um comunicado transmitido pela agência estatal TASS.
Entre as regiões afetadas, Moscou foi um dos principais alvos, com 20 drones abatidos, segundo os russos. Apesar disso, alguns desses aparelhos conseguiram passar pelas defesas russas, causando estragos.
Danos em Moscou e fatalidade confirmada
No distrito de Ramenskoye, em Moscou, vários edifícios militares, do governo e alguns residenciais próximos sofreram danos graves, e um incêndio tomou conta de diversos prédios. De acordo com o governador regional, Andrei Vorobyov, uma mulher de 46 anos foi morta e outras três pessoas ficaram feridas.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram um prédio de vários andares em chamas, com grandes colunas de fumaça saindo pelas janelas. "Olhei para a janela e vi uma bola de fogo", relatou o morador Alexander Li à Reuters. "A onda de choque estourou as janelas."
As autoridades evacuaram os residentes da área afetada e os transferiram para centros de acomodação temporária.
Como medida preventiva, três aeroportos de Moscou suspenderam temporariamente suas operações, redirecionando os voos. No entanto, as atividades foram retomadas às 8h, horário local.
Ataques a outras regiões e consequências
Além de Moscou, os drones ucranianos foram interceptados em outras regiões do oeste da Rússia, como Bryansk, Kursk, Belgorod, Kaluga, e Voronezh. Em Tula, destroços atingiram uma instalação de energia, mas as autoridades locais relataram que nas demais áreas não houve danos significativos.
"Vingança do regime de Kiev", afirma porta-voz russa
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, condenou o ataque ucraniano, classificando-o como uma tentativa de retaliação. "Quanto mais o regime de Kiev se enfraquece no campo de batalha, apesar do apoio financeiro e militar ocidental, mais ele recorre a atos terroristas", declarou Zakharova em uma coletiva de imprensa.
Nas últimas semanas, as forças russas alegam ter conquistado avanços importantes na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, especialmente em torno da cidade estratégica de Pokrovsk.
Até o momento, Kiev não se pronunciou oficialmente sobre o ataque de 10 de setembro. Contudo, em ataques anteriores, a Ucrânia já havia utilizado drones para atingir alvos em território russo, incluindo uma ofensiva em 1º de setembro, que envolveu mais de 150 drones.
Contexto do conflito e resposta ocidental
Desde a invasão russa em 2022, a Ucrânia, com o apoio de potências ocidentais, tem resistido à ocupação de parte de seu território e prometeu continuar lutando até a recuperação total das áreas ocupadas.
Em recente reunião na Alemanha, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, comentou sobre o uso de munições fornecidas pelo Ocidente pela Ucrânia para atacar alvos dentro da Rússia. "A Ucrânia tem ampla capacidade para atingir esses alvos", afirmou Austin, sem entrar em detalhes sobre as operações específicas realizadas no conflito.
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