Dallagnol escancara a perseguição política do STF no caso Allan dos Santos
Estados Unidos e Interpol rejeitam pedido de extradição do jornalista Allan dos Santos
Recentemente, a Folha de São Paulo divulgou uma matéria que revela uma tensão crescente entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e órgãos internacionais, como a Interpol e o governo dos Estados Unidos, no caso de Allan dos Santos. A matéria expõe mensagens entre membros da equipe do ministro Alexandre de Moraes, demonstrando descontentamento e frustração com a postura dos Estados Unidos e da Interpol em relação ao caso.
A determinação de Moraes e a resposta da Interpol
Em outubro de 2021, Alexandre de Moraes, ministro do STF, ordenou a prisão preventiva de Allan dos Santos, jornalista, no Brasil. Além disso, determinou que fosse emitido um “alerta vermelho” pela Interpol, que é uma difusão internacional utilizada para informar as autoridades de outros países sobre a existência de uma ordem de prisão. Contudo, a Interpol não atendeu ao pedido.
De acordo com as mensagens reveladas, o gabinete de Moraes se mostrou frustrado com a demora da Interpol em incluir Allan dos Santos no alerta vermelho. As mensagens trocadas entre Ayrton Vieira, ex-juiz do STF, e Marco Antônio Vargas, ex-juiz do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacam a insatisfação do gabinete de Moraes. Vieira comenta que, apesar do pedido ter sido feito há mais de um ano, a Interpol, sediada em Lyon, França, simplesmente se recusou a atender. A organização teria sugerido que o pedido poderia ter um viés político.
A recusa dos Estados Unidos
Além da Interpol, o governo dos Estados Unidos também se recusou a extraditar Allan dos Santos. Até novembro de 2022, os Estados Unidos não haviam respondido oficialmente ao pedido de extradição. Um dos juízes do caso classificou a postura dos Estados Unidos e da Interpol como “sacanagem”, evidenciando o nível de insatisfação com a resistência internacional.
As mensagens também revelam que os juízes brasileiros enxergavam o caso como uma questão política, e não meramente jurídica. O governo dos Estados Unidos, por sua vez, teria comunicado ao Brasil que não extraditaria Allan dos Santos, pois considera as acusações contra ele como uma perseguição por crimes de opinião, o que é protegido pela liberdade de expressão nos Estados Unidos.
Implicações internacionais e reflexões
A postura dos Estados Unidos e da Interpol evidencia uma preocupação crescente com o que é percebido como perseguição política por parte do STF brasileiro. A Interpol, por exemplo, recusou o pedido de difusão vermelha, sugerindo que poderia haver parcialidade na condução do caso contra Allan dos Santos.
Esses acontecimentos têm implicações sérias para a imagem do Brasil no cenário internacional. A relutância de instituições como a Interpol e o governo dos Estados Unidos em colaborar com o STF sugere que há uma percepção externa de que as ações contra Allan dos Santos podem não ser imparciais, mas sim motivadas por questões políticas.
A questão da liberdade de expressão
O governo dos Estados Unidos deixou claro que considera a liberdade de expressão de Allan dos Santos protegida por lei. Isso levanta questões sobre até que ponto o Brasil está disposto a criminalizar opiniões, especialmente em um contexto onde a liberdade de expressão deveria ser resguardada.
Os recentes desdobramentos no caso Allan dos Santos destacam uma crise de confiança nas instituições brasileiras por parte de organismos internacionais. Quando até mesmo a Interpol e os Estados Unidos questionam a imparcialidade do STF, é necessário refletir sobre os rumos da justiça e da democracia no Brasil. O caso também acende um alerta para a necessidade de vigilância sobre a liberdade de expressão e a proteção contra abusos de poder.
Até quando o Brasil permitirá que os abusos continuem? Essa é a pergunta que ressoa não apenas nas mentes dos cidadãos brasileiros, mas também nos corredores das instituições internacionais. A resposta a essa questão determinará o futuro da democracia e da justiça no país.
Mas que maravilha e mesmo assim o cara continua afrontando a liberdade de expressão no Brasil. Isto é uma vergonha para o nosso país. É preciso conter essa sanha de perseguição.
Estou contigo Allan dos Santos, vc e o 🇧🇷, vão sair dessa. O mal persiste, mas não prevalecerá!