CPAC Brasil destaca política de segurança de Bukele como referência mundial

"Por isso afastamos a Corte de Justiça e o procurador-geral da República, que nunca fizeram nada para a paz do país", disse o ministro da Justiça de Bukele. durante o CPAC Brasil.

A Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) Brasil reuniu representantes de governos influentes no movimento conservador global, destacando a política de segurança do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que transformou o país em um modelo de segurança pública.

O ministro da Justiça de El Salvador, Gustavo Villatoro Nunes, foi ovacionado pela plateia de mais de 3 mil pessoas no CPAC Brasil. O governo salvadorenho, conhecido pelo combate às gangues e ao crime organizado, reduziu a taxa de homicídios de 62 por 100 mil habitantes em 2020 para apenas 2,2 por 100 mil atualmente.

"Assim como a Europa precisou de justiça para garantir segurança após a Segunda Guerra Mundial, Bukele fez o mesmo", afirmou Villatoro. Ele criticou os governos anteriores por politizarem o Judiciário e manterem um código penal fraco, facilitando a vida das gangues. "Por isso afastamos a Corte de Justiça e o procurador-geral da República, que nunca fizeram nada para a paz do país", disse o ministro.

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Villatoro também acusou ONGs de direitos humanos de conivência com o crime organizado e de fazerem parte de um complô da esquerda global contra El Salvador. "Recebemos ataques de globalistas e ONGs, mas ficou claro que esses órgãos estão do lado dos criminosos e não do povo salvadorenho", afirmou. "Bukele representa os 97% da população que são pessoas de bem. Uma vez no poder, não vamos dar as costas a esses 97%."

Desde 2021, o governo salvadorenho prendeu 81 mil "terroristas", resultando em apenas 115 letalidades, segundo dados oficiais.

Modelo Bukele inspira outros países

O sucesso de Bukele no controle da criminalidade, mesmo com críticas à democracia, o tornou o presidente mais popular da América Latina, com quase 80% de aprovação. Outros líderes agora tentam emular seu modelo.

A ministra da Segurança do governo argentino de Milei, Patricia Bullrich, firmou um pacto para implementar o "modelo Bukele" na Argentina. No Equador, o presidente Daniel Noboa declarou estado de exceção e anunciou a construção de duas megaprisões. Rafael López Aliaga, prefeito de Lima, solicitou a presença do Exército nas ruas. Honduras também planeja erguer uma prisão exclusiva para gangsters.

"Representamos a esperança para 660 milhões de latino-americanos. É o poder do exemplo. Bukele prova que é possível combater o crime organizado", disse Villatoro. Ele ressaltou que as mudanças em El Salvador são "irreversíveis" e sugeriu que ONGs usem aviões para levar os presos para "qualquer outro lugar". "Não há reabilitação para assassinos em série. Vamos garantir que essas mudanças sejam permanentes e que esses criminosos nunca retornem à sociedade", concluiu o ministro.

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