Congressista americano divulga falas de brasileiros durante coletiva em Washington, D.C
Parlamentares brasileiros, jornalistas, lideranças e advogados das vítimas do Regime PT-STF compartilham testemunhos pessoais de perseguição política no Brasil.
Em uma coletiva de imprensa realizada no Capitólio pelo deputado Chris Smith (R-NJ) na tarde de ontem (12/03), membros da Câmara dos Deputados do Brasil e um renomado jornalista brasileiro levantaram o alarme sobre o futuro da democracia e do estado de direito no Brasil, enquanto relatavam testemunhos pessoais de crescente perseguição política usada para silenciar a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Desde o final de 2022, os brasileiros têm sido alvo de violações dos direitos humanos cometidas por autoridades brasileiras em larga escala", disse o deputado Smith, presidente da Subcomissão de Saúde Global, Direitos Humanos Globais e Organizações Internacionais da Câmara.
"Infelizmente, o Brasil está caminhando na direção da anarquia e da lei do mais forte - onde a lei é usada seletivamente como um instrumento de poder político para 'processar' as pessoas como forma de silenciar a oposição", disse Smith, que presidirá uma audiência no Congresso sobre direitos humanos no Brasil e está preparando legislação para responsabilizar o atual Regime PT-STF por seus abusos.
A coletiva de imprensa de Smith, que ocorre em meio a uma enxurrada de violações documentadas das perseguições políticas e má conduta judicial no país, incluiu declarações de Eduardo Bolsonaro - filho do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro e membro da Câmara dos Deputados do Brasil.
"Sempre alertei em meus discursos no Congresso [do Brasil] sobre os perigos de meu país se transformar em uma Cuba ou Venezuela com seus campos de concentração", disse Bolsonaro. "Hoje, infelizmente, vivo em meu próprio filme sobre o gulag... Meu pai agora é perseguido e caluniado das maneiras mais variadas, e como em qualquer tirania, o limite do ridículo não existe mais."
"Estamos vivendo isso agora e sem sequer uma única palavra da Administração Biden, do Departamento de Estado ou de qualquer autoridade governamental da terra da democracia - os Estados Unidos da América", disse Eduardo Bolsonaro. "O Brasil, infelizmente, não é mais uma democracia."
Mais de uma dúzia de membros da Câmara dos Deputados - incluindo Gustavo Gayer e Marcel Van Hatten - se uniram a Eduardo Bolsonaro ao viajar do Brasil ao Estados Unidos para expressar suas sérias preocupações com a situação cada vez mais grave.
"Não temos mais o privilégio de dizer a verdade, dizer o que pensamos, dar nossa opinião", disse o Deputado Federal Gustavo Gayer. "Todas essas instituições que são valiosas à democracia foram sequestradas e são usadas como instrumento de opressão. Elas são usadas apenas para prender e oprimir pessoas por suas opiniões."
"Muitos outros deputados não estão aqui hoje porque tiveram seus passaportes apreendidos", acrescentou Gayer.
"O que estamos vivenciando no Brasil agora é uma ditadura em desenvolvimento", disse parlamentar Marcel Van Hatten. "Diferente de outras ditaduras, no entanto, a que estamos vendo no Brasil é construída de forma mais sutil e perigosa. O próprio sistema judicial está liderando a ruptura institucional, o que torna mais difícil para o mundo entender o processo triste e perigoso."
Paulo Figueiredo, jornalista de grande relevância no Brasil, também compartilhou sua história e falou sobre o silenciamento de jornalistas no Brasil.
"Até 2022, eu era o jornalista político mais assistido do país durante o horário nobre na TV a cabo", disse Figueiredo, que observou ter 5 milhões de seguidores em várias plataformas de mídia social na época. "Então, da noite para o dia, minha rede social foi bloqueada no Brasil, meu passaporte brasileiro foi cancelado e minhas contas bancárias foram congeladas por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes."
"Dezenas de jornalistas estão sendo perseguidos, com vários também exilados aqui nos EUA", continuou Figueiredo. "Milhares - dezenas de milhares - de cidadãos comuns tiveram suas redes sociais tiradas do ar pelo mesmo Alexandre de Moraes."
Andres Martinez-Fernandez, Analista Sênior de Política para a América Latina na Heritage Foundation, ecoou a seriedade da situação: "O que estamos observando é um declínio muito perigoso nos fundamentos básicos da democracia e dos direitos humanos no Brasil. A presença que temos aqui desses líderes proeminentes no Brasil, vindo até aqui para destacar esse desafio, sublinha a gravidade da situação no Brasil."
"Esses homens e mulheres são absolutamente corajosos", disse Smith, "e sua defesa eloquente do povo brasileiro e a mensagem corajosa precisam ser ouvidas pelo Congresso, pela Casa Branca, pelo Departamento de Estado - e francamente, pelo mundo." completou.
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Senti falta do ALLAN falar ali. Mas eu entendo, foram só os congressistas brasileiros que deram seu depoimento.