Com candidatos presos e perseguidos pelo regime de Maduro, oposição na Venezuela segue sem candidato
"Salvo um milagre, María Corina [candidata da oposição] não poderá estar nas cédulas", comenta jornalistas estrangeiros que tentam cobrir as disputas entre o Regime de Maduro e a oposição.
A apenas quatro meses das eleições recém-convocadas pelo governo ditatorial da Venezuela, a oposição permanece em um impasse quanto à escolha do candidato que irá disputar a Presidência da República contra Nicolás Maduro.
O ditador socialista teve sua candidatura confirmada por seu partido, o PSVU, nesta semana, enquanto a principal candidata da oposição, María Corina Machado, foi declarada inelegível por 15 anos por um judiciário comandado pelo Regime de Maduro.María Corina Machado havia vencido as prévias em outubro, porém o Tribunal Constitucional venezuelano, controlado pelo governo, confirmou uma decisão prévia da Corte Eleitoral, mantendo sua inelegibilidade. Paralelamente, o regime continua a prender opositores sob a acusação de tentativa de golpe.
Diante desse cenário, a oposição se encontra diante da decisão crucial de manter o apoio a María Corina, que lidera Maduro nas pesquisas, ou buscar alternativas. Em entrevista ao jornal espanhol El País, líderes partidários apresentaram opiniões divergentes sobre o rumo da corrida presidencial.
As eleições foram agendadas para 28 de julho desse ano, coincidindo com o aniversário do falecido ditador Hugo Chávez, antecessor de Maduro. Os partidos têm até 25 de março para registrar um candidato, porém, como relata o jornal El País que "salvo um milagre, María Corina não poderá estar nas cédulas".
Há o receio entre alguns membros da oposição de que se repita o cenário de 2018, quando parte dela se recusou a participar das eleições em protesto contra a ditadura venezuelana. Isso ocorreu após o Tribunal Supremo de Justiça impedir a participação do líder opositor Henrique Capriles, da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que era o único com chances reais de vencer Maduro. Houve ainda a tentativa fracassada de enfrentar o governo interino de Juan Guaidó, apoiado pelos Estados Unidos e pela Europa.
Juan Pablo Guanipa, dirigente do Primeiro Justiça e respeitado líder opositor, defende a necessidade de apoiar María Corina Machado. "O que precisamos fazer, opositores e sociedade civil, é dar um voto de confiança a María Corina Machado. Porque ela tem a legitimidade de ter sido eleita, temos de nos unir ao redor dela. Sem ela, não há sentido. O destino deste esforço está associado a ela. Devemos acompanhá-la e lhe dar o apoio fervoroso", declarou.
Capriles, impedido de disputar as eleições em 2018, argumenta a favor da apresentação de um candidato substituto. "Claro que podemos apresentar uma opção. Não se trata de uma substituição, não diria que é um substituto. Quem ganhou as primárias foi María Corina, mas ela foi inabilitada de forma inconstitucional pelo governo, assim como eu. Mas temos de participar, apelar para a força do voto que pode mobilizar milhões de venezuelanos que querem uma mudança. Temos de apresentar e apostar em um candidato que possa participar da votação", afirmou aos jornais.
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"Os revolucionários sentem-se membros de uma supra-humanidade ungida, portadora de direitos especiais negados ao homem comum e até mesmo inacessíveis à sua imaginação... os revolucionários se apoiam amplamente nesses direitos, que você ignora por completo...
O revolucionário é mau, perverso, falso, deliberado e maquiavélico...
Gostaria que, como ensinado pelo professor Olavo, não déssemos consolo de uma camuflagem civilizada tecida com a pele do adversário ingênuo, como você fez ao expressar sua ira santa na OEA Allan!
Isso significa que farão tudo para inventar alguma coisa para roubar sua coragem, como já estão fazendo, e transformar a verdade do que foi dito em outra coisa - os revolucionários se encontram na união dos interesses maquiavélicos.
Você Allan terá a vitória pelas mãos de Nossa Senhora, que saberá conduzir o pedido de muitos e enxugar as lágrimas de sua família. Esta é a minha oração.