CNA prevê retração no PIB agropecuário em 2024
Alta nos custos e clima adverso pressionam o setor, enquanto soja e milho devem sustentar aumento de safra. Produção de grãos deve crescer.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou projeções de retração para o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário em 2024, após um ano de crescimento expressivo. De acordo com o relatório da entidade, o PIB agropecuário deve encolher 1,01% em 2024, uma desaceleração considerável frente ao aumento de 15,1% registrado em 2023. O cenário reflete a pressão de fatores como o aumento no custo dos insumos e desafios climáticos que impactam diretamente a produção.
A CNA também projeta uma contração de 2,4% para o PIB do agronegócio em geral, sucedendo uma queda de 3% em 2023. Esse panorama é atribuído a variáveis como o custo elevado dos fertilizantes e as incertezas nos mercados internacionais.
A alta dependência do Brasil em relação à importação de fertilizantes, especialmente o nitrato de amônio, traz um obstáculo adicional para os produtores. Cerca de 90% desse insumo é importado, com uma grande parcela proveniente da Rússia, e uma eventual alteração na alíquota de importação de 0% para 15%, em análise pelo governo, pode encarecer ainda mais a produção agrícola.
No Mato Grosso, o maior produtor de soja do país, agricultores aguardam por condições climáticas favoráveis para avançar no plantio. As condições adversas podem comprometer o calendário agrícola e afetar o rendimento das lavouras.
Apesar do cenário de retração, a CNA projeta um aumento de 8% na produção de grãos na safra 2024/2025. A produção de soja deve liderar o crescimento, com previsão de aumento de 13%, alcançando 166,3 mil toneladas. O milho também deverá ter uma expansão de 4%, totalizando 119,8 mil toneladas, enquanto o arroz deverá crescer 15%, atingindo 12,1 mil toneladas. Este crescimento é sustentado pelo aumento da área plantada e pela expectativa de melhora no clima ao longo do ciclo produtivo.
No entanto, o clima ainda representa um risco importante, principalmente para o Centro-Oeste, onde a escassez de chuvas e o calor excessivo no início do plantio de soja são motivo de preocupação para os produtores.
Mesmo diante dos desafios, a CNA reforça a importância do agronegócio para a economia brasileira, destacando o setor como um dos principais responsáveis pelas exportações e pela geração de empregos. A entidade defende a implementação de políticas públicas que ajudem a mitigar os altos custos de produção e as flutuações climáticas, garantindo que o setor mantenha sua competitividade no mercado global.
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É o des-governo fazendo sua lição de casa, acabando com o país p empobrecer o povo.
Política agrícola ZERO!!!!!