China no Brasil: Ramagem é alvo de busca e apreensão da PF
Mas o que realmente está por trás dessa operação?
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira (25) mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro.
Ramagem é mais uma das vítimas da gestapo na Operação Vigilância Aproximada, que alega “apurar” um esquema de espionagem supostamente montado na Abin para monitorar autoridades públicas e cidadãos comuns.
Também são alvos de investigação sete policiais federais que foram afastados das funções públicas sob “suspeita” de integrar um “grupo que usava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis” sem a devida autorização judicial. A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.
“As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações”, disse a Polícia Federal em nota.
Os investigados podem responder pelos seguintes crimes:
invasão de dispositivo informático alheio;
organização criminosa;
interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Vingança no estilo KGB
O programa espião utilizado, segundo a PF, é o FirstMile. Conforme as investigações, a ferramenta israelense teria sido usada de forma irregular entre dezembro de 2018 e 2021 contra políticos, advogados, jornalistas, juízes e membros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em outubro, dois servidores da Abin foram presos e cinco foram afastados durante a Operação Última Milha.
Ramagem foi quem questionou, há um ano, essas ferramentas nas mãos da Abin:
Alem disso, o jornalista Allan dos Santos já sabia, em 2020, de todas as ações dessa organização criminosa, mas os membros são outros. Relembre:
Os documentos obtidos em 2020 por Allan dos Santos foram divulgados em rede nacional no jornal da Record:
Em 2021, tudo foi comprovado pela revista VEJA com 8 meses de atraso:
“O jornalista Allan dos Santos já havia alertado sobre o assunto oito meses atrás, mas foi tratado como “lunático” e solenemente ignorado pela grande mídia – e até pelo próprio advogado Kakay, que, segundo Santos, teria em sua casa uma das maletas de escutas. À época, o advogado disse que não iria processar o jornalista. LEIA CLICANDO AQUI.
Quem está agindo contra alvos políticos?
Ramagem é pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, com apoio de Jair Bolsonaro. Na PF, já participou da coordenação de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de 2016, e integrou a equipe da Operação Lava Jato. Em 2017, com a evolução dos trabalhos da Lava Jato no Rio de Janeiro, foi convidado a integrar a equipe de policiais responsáveis pela investigação e inteligência de polícia judiciária no âmbito da operação.
Ele assumiu a chefia da segurança de Bolsonaro em 2018. Em 2020, chegou a ser nomeado diretor-geral da PF pelo então presidente. Mas a decisão foi inconstitucionalmente barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido do PDT (partido do Foro de São Paulo e ligado ao PCCh), que usou o argumento esdrúxulo da proximidade de Ramagem com a família Bolsonaro. Na época, ele foi designado para substituir Maurício Valeixo, pivô da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. Moro deixou o governo acusando Bolsonaro sem provas de fazer mudanças na PF para supostamente blindar seus filhos e aliados de investigações. Ramagem, então, retornou à direção-geral da Abin. Em 2 de outubro de 2022 foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, com 59.170 votos pelo Partido Liberal. Ele é o escolhido pelo ex-presidente para enfrentar o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), que deve ter o apoio do PT e do PCCh para sua reeleição este ano.
É impossível dizer que o Partido Comunista Chinês não esteja envolvido em tudo isso. As maletas de escuta denunciadas por Allan dos Santos envolviam a China:
Lula ganhou um carro de uma “empresa privada” do regime comunista chinês;
O RJ é o estado que possui um dos portos mais visados pela China;
O pré-candidato a prefeito apoiado por Lula é Eduardo Paes, ex-funcionário da mesma BYD, “empresa privada” chinesa que doou carro para o Lula.
Demorou 3 anos para que ficasse evidente a denúncia de Allan dos Santos e todo o envolvimento do Partido Comunista Chinês em tudo isso. O jornalismo brasileiro, mesmo os que são contrários ao comunismo, está completamente cego e perdido, quando não está com medo de dizer o óbvio. Infelizmente só o Terça Livre, hoje operando no exílio, está livre para alertar o que realmente ocorre no Brasil.
Que loucura tudo isso. Muito revoltante.
Que inferno, virou esse país!