China financia rede global de propaganda comunista
O estudo revela que mais de 100 sites analisados não eram independentes, mas controlados por empresa de relações públicas em Shenzhen-China, conhecida como Haimai e controlada pelo PCCh.
Um estudo conduzido pelo Citizen Lab, centro de pesquisa da Universidade de Toronto, revelou a existência de uma rede composta por mais de 100 sites de notícias locais, distribuídos em 30 países, incluindo o Brasil, que têm suas operações controladas a partir da China. Esses veículos foram utilizados como veículos para disseminar desinformação e realizar ataques pessoais contra opositores do regime comunista de Pequim.
Intitulado "Paperwall: sites chineses se passam por mídia local para atingir audiências globais com conteúdo pró-Pequim", o estudo expõe as táticas empregadas por essa campanha, que incluem técnicas de engenharia social e manipulação de conteúdo, visando influenciar a opinião pública em questões sensíveis para o regime chinês, como a origem da Covid-19, a situação de Hong Kong e Taiwan, e críticas ao Partido Comunista.
Os sites em questão não estão registrados como veículos de comunicação legítimos. Na Itália, por exemplo, a descoberta foi feita após uma matéria do jornal Il Foglio revelar a existência de seis desses veículos de notícias locais utilizados para disseminar a propaganda chinesa. Na Coreia do Sul, um relatório governamental identificou 18 sites envolvidos na promoção de propaganda pró-Pequim.
O estudo revela que mais de 100 sites analisados não eram independentes, mas, na verdade, controlados por uma empresa de relações públicas sediada em Shenzhen, China, conhecida como Haimai que é controlada pelo Partido Comunista Chines. Esta empresa oferece serviços de distribuição de conteúdo promocional em diversos idiomas, incluindo o português.
Os sites da rede Paperwall publicavam uma mistura de conteúdo copiado de fontes legítimas locais com comunicados de imprensa comerciais e conteúdo político alinhado com as visões de Pequim, incluindo ataques pessoais contra opositores do comunismo chinês, como o virologista Li-Meng Yan e Li Hongzhi, fundador do Falun Gong.
No Brasil, sete desses sites estavam hospedados localmente, apresentando nomes genéricos como brasilindustry.com ou goiasmine.com. Todos esses sites estão atualmente fora do ar, e é recomendado evitar o acesso devido ao risco de infecção por vírus.
O pesquisador Alberto Fittarelli destacou o crescente problema da indústria de desinformação sob encomenda, ressaltando a importância de identificar e interromper essas operações para combater a manipulação da opinião pública em todo o mundo.
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Não se pode confiar nos comunistas. Jamais. A intenção deles é sempre escusas e nefastas, com grande crueldade.
Tem coisas que eu não consigo entender. Como pôde a China desenvolver um regime tão cruel, tão nocivo a seu próprio povo e à humanidade. Perseguem, monitoram, impõem, meu Deus. E a cultura chinesa milenar tem uma delicadeza tão rara que o ocidente nunca conseguiu atingir. Penso que por isso aquele homem horrível, o Mao Tse Tung, quis destruí-la totalmente. Conseguiu? Sinto medo dessa gente!