Brasil assume custódia da embaixada argentina na Venezuela após Maduro expulsar diplomatas

Nas redes sociais, Milei agradeceu iniciativa do Itamaraty ao assumir custódia das instalações diplomáticas argentinas em Caracas, que abriga asilados políticos venezuelanos desde 20 de março.

Após hasteamento da bandeira Brasileira, a representação diplomática da Argentina, que abriga asilados políticos venezuelanos desde 20 de março, passou para a custódia brasileira, uma decisão elogiada pelo presidente argentino, Javier Milei, que não reconhece a reeleição de Nicolás Maduro.

Javier Milei, presidente da Argentina, expressou nesta quinta-feira (01/08) seu agradecimento ao Brasil por assumir a custódia da embaixada argentina na Venezuela. O anúncio foi feito por Milei na rede social X/Twitter, onde ele destacou a importância da proteção aos cidadãos argentinos e aos interesses do país na Venezuela. "Agradeço enormemente ao Brasil por assumir a custódia da embaixada. Também somos gratos pela representação temporária dos nossos interesses”, escreveu Milei.

A Argentina havia solicitado apoio internacional para proteger os políticos da oposição venezuelana que estão asilados na embaixada em Caracas, após o governo de Nicolás Maduro decidir expulsar o corpo diplomático argentino.

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina informou que a custódia brasileira inclui a Embaixada e a Residência Oficial em Caracas, que abrigam os asilados políticos desde 20 de março deste ano. Segundo o ministério, os diplomatas argentinos foram forçados a deixar a Venezuela devido à resposta do governo Maduro à condenação de uma suposta fraude eleitoral no domingo passado.

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Milei expressou esperança em uma rápida normalização da situação, afirmando: "Estou confiante de que em breve reabriremos nossa embaixada em uma Venezuela livre e democrática." Ele também destacou a força dos laços entre Argentina e Brasil e a expectativa de que a Venezuela respeite os tratados internacionais sobre relações diplomáticas e consulares.

A diplomacia argentina detalhou que a custódia brasileira abrange todos os bens e arquivos da missão argentina em Caracas, além da proteção dos interesses e cidadãos argentinos na Venezuela. Os asilados venezuelanos, que não puderam deixar o país junto com os diplomatas argentinos devido a violações do governo venezuelano à Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático, continuam sob a proteção brasileira.

Na quarta-feira, a chanceler argentina, Diana Mondino, pediu solidariedade a outros países em Washington para apoiar a proteção dos asilados durante uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os diplomatas argentinos, assim como representantes de outros seis países latino-americanos, foram obrigados a deixar a Venezuela nesta quinta-feira, após a expulsão decretada por Caracas em resposta à não aceitação da vitória de Nicolás Maduro nas recentes eleições.

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