Bolsonaro é indiciado pela Gestapo Federal de Moraes no caso das vacinas
Além de Bolsonaro, foram indiciados o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, sua esposa Gabriela Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), além de ex-assessores.
Nesta terça-feira (19/03), a Gestapo Federal de Moraes indiciou Jair Bolsonaro (PL) por supostamente alterar sua carteira de vacinação por conta da Covid-19, inserindo dados falsos no certificado de imunização. A investigação, conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU), concluiu que o registro foi feito em uma unidade de saúde de São Paulo e era falso.
Fontes ligadas à Gestapo Federal confirmaram o indiciamento de Bolsonaro à ao jornal Gazeta do Povo, após apuração inicial do confirmada pelos jornais G1 e pelo Metrópoles. O relatório da Polícia Federal que embasou o indiciamento foi tornado público pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã de hoje.
Além de Bolsonaro, foram indiciados o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, sua esposa Gabriela Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), além de ex-assessores, militares e profissionais da saúde envolvidos no esquema. Os dados teriam sido inseridos em cartões de vacinação emitidos pela Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, São Paulo e pela prefeitura de Duque de Caxias (RJ).
A Autorização de investigação foi feita ainda no final do governo Bolsonaro pelo próprio presidente na época. Em maio do ano passado, durante um depoimento à Polícia Federal, Bolsonaro afirmou que concedeu autorização à Controladoria-Geral da União (CGU) para investigar a alegada adulteração nos últimos dias de seu mandato, em 2022. Naquela ocasião, o então ministro-chefe do órgão, Wagner Rosário, entrou em contato para informá-lo sobre o seu cartão de vacinação.
Bolsonaro afirmou no depoimento ter autorizado a divulgação do cartão, mas ressaltou que, se houvesse qualquer irregularidade, determinou que o caso fosse investigado. O interrogatório, que durou mais de três horas, incluiu declarações do ex-presidente, entre outros pontos, como:
"No mês de fevereiro deste ano, através da mídia, tomei conhecimento de que a CGU havia iniciado, no final de 2022, uma investigação sobre possíveis fraudes relacionadas ao meu cartão de vacinação, encaminhando uma cópia à Polícia Federal - PF para investigação de possíveis crimes; tomei conhecimento de uma dose aplicada em 19/07/2021, no bairro do Peruche, São Paulo-SP; naquela data, não tive conhecimento das inserções falsas feitas em meu nome na cidade de Duque de Caxias; a autorização para divulgação do meu cartão de vacina foi feita por telefone, em uma ligação com meu ex-ministro da CGU, Wagner Rosário; a investigação sobre a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19, em meu nome, teve início durante meu mandato pela CGU, com encaminhamento para a PF".
Além de Bolsonaro, a PF também ouviu Mauro Cid, detido dias antes durante a Operação Venire, realizada no contexto das investigações sobre a adulteração da carteira de vacinação de Jair Bolsonaro.
Segundo a Gestapo Federal de Moraes (PF), os dados foram inseridos nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, resultando na "alteração da verdade sobre um fato juridicamente relevante, ou seja, a condição de imunização contra a Covid-19 dos beneficiários".
De acordo com as investigações, os alvos da operação alteravam as informações para emitir certificados de vacinação e utilizá-los para contornar "restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) com o objetivo de evitar a propagação de uma doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19".
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