Avon dos Estados Unidos pede recuperação judicial
A Avon, fundada em Nova York em 1886, tornou-se famosa por suas vendas porta a porta, oferecendo uma ampla gama de produtos, desde cuidados com a pele até fragrâncias.
A gigante dos cosméticos Avon, por meio de sua proprietária, apresentou um pedido de falência nos Estados Unidos em resposta ao aumento de processos judiciais que alegam contaminação de seus produtos de talco com amianto, uma substância reconhecidamente cancerígena.
A Avon Products Inc. (API), holding americana da marca, recorreu ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA no Tribunal de Delaware em 12 de agosto, conforme comunicado divulgado pela empresa. A API, que não realiza operações comerciais nos Estados Unidos desde a venda de seus negócios na América do Norte em 2016, continua sendo a proprietária das operações da Avon fora do país.
No comunicado, a Natura, empresa brasileira que adquiriu a Avon em 2020, anunciou a intenção de adquirir as participações acionárias das operações internacionais da Avon por US$ 125 milhões, através de um processo de leilão supervisionado judicialmente. Além disso, a Natura se comprometeu a fornecer até US$ 43 milhões em financiamento durante o período de falência.
John Dubel, presidente da API, afirmou que a medida tem como objetivo "maximizar o valor dos ativos e garantir que as obrigações sejam cumpridas de maneira organizada." Dubel ressaltou que as operações internacionais da Avon não estão envolvidas no processo de falência, assegurando que "os negócios continuarão normalmente nos mercados internacionais."
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O comunicado também esclarece que a Avon Company, atualmente operada nos EUA pela LG Household & Health Care Ltd., não tem vínculos com a API e não faz parte do processo de falência. Kristof Neirynck, CEO da Avon, enfatizou que a empresa permanece "comprometida com a modernização do modelo de vendas e o crescimento global," destacando a importância dos quase dois milhões de representantes em todo o mundo.
A Avon, fundada em Nova York em 1886, tornou-se famosa por suas vendas porta a porta, oferecendo uma ampla gama de produtos, desde cuidados com a pele até fragrâncias. No entanto, a empresa enfrentou seu primeiro processo relacionado ao talco em 2010, sob a alegação de contaminação por amianto. Desde então, centenas de outros processos foram movidos, culminando em 372 ações judiciais até 2020, segundo documentos apresentados ao tribunal.
Apesar de contestar as alegações, a Avon declarou não possuir "liquidez suficiente para continuar litigando ou resolver os inúmeros casos," prevendo um aumento no número de ações caso uma solução definitiva não seja encontrada. Entre as dívidas da empresa, somam-se US$ 1,29 bilhão em débitos com credores e detentores de títulos.
A decisão de buscar proteção judicial ocorreu após uma série de condenações judiciais, incluindo uma decisão em 2022, quando um júri de Los Angeles ordenou que a Avon pagasse mais de US$ 50 milhões a uma mulher do Arizona diagnosticada com mesotelioma, um tipo de câncer associado ao uso do talco da empresa. Em outro caso recente, a Avon foi condenada a pagar US$ 24,4 milhões a um homem de Chicago que também alegou ter desenvolvido mesotelioma após o uso dos produtos da empresa.
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