Avalanche, presidente do PRTB afirma que teve apoio de Moraes, Temer e Pacheco para liderar partido
Em resposta às alegações de Leonardo Avalanche, assessores de Michel Temer e Rodrigo Pacheco classificaram suas declarações como "bravatas". Alexandre de Moraes não comentou o caso.
Leonardo Avalanche, presidente do PRTB e principal articulador da candidatura de Pablo Marçal, tem enfrentado críticas internas e externas sobre sua gestão no partido. Em meio a essa disputa, um áudio gravado por um integrante da legenda revela que Avalanche alegou ter contado com o apoio do ministro Alexandre de Moraes, do ex-presidente Michel Temer e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para assumir o controle da sigla.
A gravação, feita em fevereiro deste ano e anexada a um pedido de afastamento cautelar de Leonardo Avalanche, sugere que o empresário teria uma relação próxima com essas figuras políticas, as quais, segundo ele, teriam apoiado sua ascensão à presidência do PRTB. "Você já deve ter ouvido falar de mim porque até a decisão da 8ª [Vara, que derrubou a eleição interna no PRTB] eu pilotei, a decisão do ministro [Alexandre de Moraes]", afirmou Avalanche no áudio, sugerindo que teve acesso antecipado a decisões judiciais no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A decisão de intervenção no PRTB, assinada por Moraes em dezembro de 2023, foi mencionada por Avalanche como um movimento planejado em conjunto com Temer e Moraes para garantir sua liderança no partido. Em outro trecho do áudio, ele mencionou conversas com Temer desde março daquele ano e a suposta influência do ex-presidente na escolha do interventor que ajudou a consolidar sua posição.
Leonardo Avalanche também declarou ter uma proximidade com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Em outra parte da gravação, ele disse a um interlocutor que o acompanharia em uma visita a Pacheco, onde ele supostamente demonstraria sua influência política e a parceria estabelecida para fortalecer o PRTB.
Entretanto, as afirmações de Avalanche levantaram dúvidas sobre a veracidade de suas alegações. De acordo com o Portal da Transparência do Senado, não há registro de um funcionário chamado Jorge, suposto chefe de gabinete de Pacheco, em 2023 e 2024. Porém, em 2022, Jorge André Souza Periquito, ex-candidato a prefeito de Belo Horizonte pelo PRTB, foi empregado como assessor parlamentar de Pacheco.
O estilo de liderança de Avalanche foi tema de outra ação judicial no TSE, onde ex-membros do partido, como Caio Alexandre Gomes da Silva e Rachel de Carvalho, relataram pressões e ameaças de desfiliação caso não apoiassem sua candidatura à presidência do PRTB. Eles alegaram que Avalanche mostrou uma lista de filiações retroativas e insinuou que havia conseguido tal influência por meio de sua suposta relação com Alexandre de Moraes.
Além dessas controvérsias internas, Avalanche e o PRTB também enfrentaram críticas de figuras como o pastor Silas Malafaia e o vereador Carlos Bolsonaro, que desaprovaram as declarações de Pablo Marçal, apoiado por Avalanche, contra o impeachment de Alexandre de Moraes.
Em resposta às alegações de Leonardo Avalanche, assessores de Michel Temer e Rodrigo Pacheco classificaram suas declarações como "bravatas". Alexandre de Moraes não comentou o caso, e Leonardo Avalanche não se pronunciou até o momento.
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Jesus Cristo, o país está podre, parece que nada fica de pé.
Moral da estória: na dúvida, tem que prender todo mundo.