Após vários saques e invasões, Carrefour fecha lojas na Bahia, Ceará e outros estados
A empresa, contudo, ainda não emitiu um comunicado oficial a respeito dos fechamentos
Um uma mudança estratégica significativa do Carrefour levou a empresa a encerrar suas operações em várias de suas lojas hipermercado no Brasil. Esta decisão afeta unidades em estados como Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Belo Horizonte. A empresa, contudo, ainda não emitiu um comunicado oficial a respeito dos fechamentos. Essa realocação de recursos surge em um momento de revisão das operações da rede no país.
Além da Bahia, onde o fechamento das lojas de Salvador, incluindo as localizadas na avenida Antônio Carlos Magalhães, Avenida Reitor Miguel Calmon e no bairro de São Cristóvão, afetará mais de 600 funcionários, a rede também encerrará as atividades de sua unidade em Vitória da Conquista. Esta última, foi inaugurada em 2022, mas segundo a assessoria do Carrefour, a decisão pelo fechamento resulta de uma análise estratégica que concluiu a suficiência das outras unidades do grupo na cidade para atender as necessidades locais. A rede reafirma seu compromisso com o estado da Bahia, destacando a presença de mais de 40 lojas de diferentes formatos.
A rede Carrefour, uma das líderes do setor de super e hipermercados no Brasil, justificou o encerramento das atividades em algumas de suas lojas na Bahia, comunicando internamente após uma reunião com gerentes em Salvador. O fechamento, previsto para 31 de janeiro de 2024, inclui lojas estrategicamente localizadas em Salvador e a unidade de Vitória da Conquista. Enquanto as lojas Sam’s Club da rede manterão suas operações, os detalhes sobre os motivos específicos do encerramento não foram divulgados pela empresa.
O outro lado dos fatos
Protestos foram organizados em diversas cidades após a morte de João Freitas em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre. Em São Paulo, a unidade da Rua Pamplona foi depredada e queimada, com imagens circulando nas redes sociais. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, manifestantes também invadiram lojas. As manifestações no Rio exigiam o fechamento das operações do Carrefour. Em Salvador, Bahia, manifestantes se reuniram em frente ao hipermercado Atacadão, parte do grupo Carrefour, na Avenida Bonocô, seguindo a onda de protestos de Porto Alegre. Tentativas de invadir a unidade foram impedidas pelo fechamento dos portões, e a polícia interveio para acalmar a situação, mantendo os protestos do lado de fora enquanto clientes permaneciam presos dentro do estabelecimento.