André Ventura tem grandes chances de vitória em Portugal
Direita portuguesa ganha força nunca antes vista no país
Durante a campanha eleitoral em Portugal, emergiu a discussão sobre a formação de uma aliança entre a AD (Aliança Democrática), favorita nas eleições, e o partido de direita Chega, visando obter a maioria na Assembleia da República. Os cidadãos portugueses votarão neste domingo, 10 de março de 2024, para eleger os novos membros do Parlamento, o que resultará na nomeação de um novo primeiro-ministro e na formação do governo subsequente.
O partido Chega, fundado em 2019 por André Ventura, ex-comentarista esportivo, tem visto um crescimento notável desde a sua criação. Ventura, que anteriormente era membro do PSD (Partido Social Democrata), renunciou ao cargo de vereador em Loures em 2018 para estabelecer o Chega, conseguindo um assento na Assembleia da República em 2019 e ficando em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2021 com 11,9% dos votos.
Após uma crise política que antecipou as eleições em janeiro de 2022, o Chega ampliou sua representação de 1 para 12 deputados, tornando-se o terceiro maior partido na Assembleia. José Adelino Maltez, um cientista político português, destaca o crescimento do Chega como um fenômeno eleitoral deste ano, marcando a possibilidade de formação de um terceiro bloco político significativo no país.
Ventura, doutor em direito público, trouxe para a política temas como a defesa da castração química para pedófilos e restrições à imigração, gerando comparações com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que expressou apoio a Ventura.
Recentemente, Ventura suavizou seu discurso, com análises indicando uma mudança de foco em relação a temas controversos que antes o impulsionaram politicamente. Este ajuste no tom reflete uma estratégia de comunicação eficaz, apoiada especialmente pela popularidade de Ventura entre o eleitorado mais jovem, sugerindo uma mudança na dinâmica política tradicional portuguesa.
As pesquisas de intenção de voto apontam que tanto a AD quanto o PS (Partido Socialista) precisarão de alianças para formar governo, com Ventura expressando uma alta probabilidade de uma coalizão à direita se a AD se juntar ao Chega, enfatizando a rejeição a deixar o PS governar em detrimento de uma alternativa socialista.
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