A história se repete: Sistema Eleitoral "fora do ar" após denúncias de fraude na Venezuela, também ocorreu no Brasil em 2022

A "coincidência" de "instabilidade" no Sistema Eleitoral após as eleições levanta suspeitas de fraude na Venezuela, assim como ocorreu no Brasil em 2022 entre Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

Em 05 de novembro de 2022, menos de uma semana após o segundo turno das eleições no Brasil, onde Lula foi declarado vencedor, um episódio curioso ocorreu. As páginas eletrônicas com o resultado eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a página da Controladoria Geral da União (CGU) ficaram fora do ar minutos após o argentino Fernando Cerimedo apresentar detalhada denúncia de fraude nas urnas eletrônicas brasileiras, contendo diversos detalhes e evidências de manipulação dos resultados divulgados pela Justiça Eleitoral comandado, na época, pelo ministro Alexandre de Moraes (STF).

A Nota de Esclarecimento do TSE justificou a instabilidade como uma sobrecarga de acessos. No entanto, tal explicação gera questionamentos, considerando que nos dias seguintes à eleição, quando milhões de pessoas acessaram o site, não houve sobrecarga suficiente para causar tal instabilidade. A justificativa de "atualização constante de alguns conjuntos de dados" devido a "retotalizações decorrentes de decisões judiciais" também levantou suspeitas. Atualizações tão rápidas e frequentes após a eleição são incomuns e suscitam dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral brasileiro.

A semelhança entre este incidente e o ocorrido na Venezuela, onde denúncias de fraude também resultaram em instabilidades no sistema eleitoral, reforça as suspeitas. A oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, divulgou atas eleitorais que indicam uma vitória de González com 67% dos votos, contradizendo o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Maduro, que proclamou a vitória de Maduro sem apresentar provas.

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A seguir, a íntegra da nota de esclarecimento do TSE na época (novembro de 2022):

"O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que na noite da sexta-feira (4) [04/11/2022], o Portal de Dados Abertos apresentou uma instabilidade devido à sobrecarga de acessos. Imediatamente, ao perceber a indisponibilidade da página, a Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE direcionou os usuários para o portal de dados abertos do Governo Federal, que abriga as mesmas informações.

No entanto, o portal mantido pela Controladoria Geral da União, também ficou indisponível. O portal de Dados Abertos do TSE ficou fora do ar até o início da madrugada deste sábado (05/11/2022), quando foram restabelecidos os serviços da página.

Para solucionar o problema, ainda na noite da sexta foram feitas diversas operações técnicas. A opção adotada foi a publicação de uma versão simplificada do Portal de Dados Abertos do TSE, com uma listagem de links para os arquivos para consulta. Com isso, todos os dados voltaram a ficar disponíveis, e o site apresenta maior capacidade de resposta.

Os arquivos disponíveis na versão simplificada da página são os mesmos que já estavam publicados anteriormente. Importante lembrar que alguns conjuntos de dados passam por atualizações constantes, porque os resultados podem ser alterados em virtude de retotalizações decorrentes de decisões judiciais. São eles:

– Votação Candidato Município Zona;
– Votação Partido Município Zona;
– Detalhe Votação Município Zona;
– Prestação de Contas;
– Consulta Candidatos.

Já os arquivos Boletim de Urna, Correspondências Esperadas e Correspondências Efetivadas não sofrem alteração. Há, inclusive, um hash que permite verificar a integridade do arquivo e verificar que não foram alterados."

A repetição desses eventos no Brasil e na Venezuela, países completamente distintos, onde opositores e cidadãos contra os regimes de esquerda são perseguidos pelo estado, levanta preocupações sobre a integridade dos processos eleitorais e a transparência das informações fornecidas aos cidadãos.

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