SBT promove demissão em massa um mês após morte de Silvio Santos
A emissora visa cortar custos. O setor de jornalismo do SBT, sob o comando de Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos, foi o mais afetado até o momento.
Trinta e um dias após o falecimento de Silvio Santos, o SBT iniciou uma onda de demissões em massa na última segunda-feira (16/09), motivada pelo desempenho abaixo do esperado de sua nova grade de programação, lançada no início deste ano. Em busca de reequilibrar as finanças da emissora e mitigar os impactos de investimentos que não geraram o retorno previsto, a empresa começou a cortar funcionários em diversos setores e produções.
Entre os mais atingidos estão o programa matinal Chega Mais e o departamento de jornalismo, ambos sofrendo com a falta de resultados financeiros esperados. Segundo apurado pela reportagem do site TV Pop, as demissões continuarão ao longo desta semana, em uma estratégia para minimizar a repercussão dos cortes junto às entidades sindicais. Essa tática é semelhante à adotada pela Rede Globo no ano passado (2023), quando realizou uma reestruturação sob a justificativa de “demissões pontuais” para cortar custos.
Nas últimas semanas, a emissora da família Abravanel já havia implementado medidas rigorosas de contenção de gastos, com cortes em todos os setores do Grupo Silvio Santos, inclusive em itens de uso cotidiano, como materiais de escritório. Essas ações foram tomadas com o intuito de evitar a demissão em massa que, no entanto, acabou se tornando inevitável.
Internamente, há rumores de que entre 20% ou 25% do quadro de funcionários pode ser dispensado. O programa Chega Mais, em exibição há seis meses, deve perder grande parte de sua equipe, que havia sido ampliada com o remanejamento de profissionais do extinto programa Eliana. Aproximadamente dez colaboradores já foram informados de suas dispensas. O jornal Tá na Hora também sofreu com o corte de dois cargos, enquanto o Circo do Tirú teve quatro demissões nas últimas semanas.
Impacto no jornalismo
O setor de jornalismo do SBT, sob o comando de Daniela Beyruti, foi o mais afetado até o momento. Pelo menos cinco profissionais da área já foram demitidos, incluindo o repórter especial Luciano Teixeira e o executivo Sérgio Fernandes da Costa, veterano da emissora que, em 1998, dirigiu o extinto programa Noticidade.
Nos bastidores, circula a informação de que apenas dois programas escaparam dos cortes: o The Noite, comandado por Danilo Gentili, e o Sabadou, apresentado por Virginia Fonseca. Ambas as atrações mantêm uma audiência estável e são consideradas lucrativas, o que as poupa, por enquanto, das medidas de contenção.
Medidas de austeridade e corte nos custos
A emissora vinha enfrentando dificuldades financeiras ao longo do ano, o que culminou na adoção de políticas de austeridade em todas as suas produções. Os orçamentos foram reduzidos ao extremo, impactando desde a compra de materiais simples até os custos de produção de programas.
Embora os cortes ainda estejam sendo realizados, a expectativa interna é de que a reestruturação continue afetando todos os setores da emissora, com o objetivo de equilibrar as contas e garantir a sustentabilidade financeira do SBT.
Importante! Venha fazer parte da construção do Terça Livre junto com o jornalista Allan dos Santos. Apoie o retorno do Terça Livre CLICANDO AQUI!
Só piora nesse governo
Embora eu não seja mais que um pitaqueiro, há ANOS percebo que o SBT mais importa do que exporta: novelas mexicanas, Chaves, Chapolim, desenhos animados e filmes estangeiros, e praticamente só produz material pra consumo interno, como o humorístico A Praça É Nossa. Se criassem algo como SBT Filmes (e até tinham cacife pra isso anos atrás), quem sabe gerariam filmes que, timidamente, começariam a conquistar espaço em outras praças, como a América Latina. Se Chaves pode, por que não a Emissora do Sílvio? Como eu disse, é apenas um pitaco da minha parte.
Por favor, sigam-me no Instagram com @true_outstrips, as Tirinhas do Olavo de Carvalho. Abraços!!!