Brasil faz exercício militar com tropas da China pela 1ª vez
A participação da China no exercício coincide com a celebração dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
Pela primeira vez, tropas da China participaram de um exercício militar em solo brasileiro, marcando um novo capítulo na cooperação entre as duas nações. O evento ocorreu no âmbito da Operação Formosa 2024, uma das maiores manobras militares do Brasil, realizada anualmente desde 1988.
Operação Formosa 2024: cooperação inédita entre Brasil e China
A integração de forças militares chinesas à operação, realizada no Campo de Instrução de Formosa, em Goiás, simboliza um avanço significativo nas relações bilaterais. Além das tropas brasileiras, o exercício conta com a participação de mais de 3.000 militares e observadores de países como Estados Unidos, África do Sul, França e Argentina.
A operação começou no dia 4 de setembro e se estenderá até o dia 17, reunindo tropas da Marinha, Exército e Força Aérea do Brasil, além de contar com a participação de militares de diversas outras nações. Esta edição é especialmente marcada pela presença inédita de forças chinesas, que se juntaram a outras potências militares na simulação de operações de combate.
Avanço nas relações Brasil-China
A participação da China no exercício coincide com a celebração dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. A aproximação militar é vista como um reflexo do fortalecimento das parcerias estratégicas, que até então se concentravam principalmente na área comercial.
De acordo com a Marinha do Brasil, o convite às tropas chinesas faz parte de uma política de integração de nações amigas em exercícios militares, promovendo o intercâmbio de experiências e o estreitamento de laços entre os exércitos envolvidos. "A participação de observadores da China já ocorreu em 2023, mas esta é a primeira vez que tropas chinesas integram a operação de forma ativa", afirmou a Marinha em comunicado.
Treinamento intensivo e simulação de combate real
O exercício tem como objetivo principal preparar as forças armadas para operações de alta complexidade, simulando situações de combate real. Entre as atividades estão operações de apoio de fogo, controle do espaço aéreo e logística, além do uso de veículos blindados, artilharia e aeronaves. Equipamentos como o Carro Lagarto Anfíbio (CLAnf), blindados Guarani e sistemas de lançadores de mísseis estão entre os recursos utilizados.
A operação também envolve manobras anfíbias e o uso de munição real, com o intuito de testar a capacidade de resposta imediata das forças brasileiras em cenários de conflito. Este ano, a operação conta ainda com a participação inédita de fuzileiras navais do Brasil, marcando um avanço na inclusão de mulheres nas operações de defesa.
Participação dos Estados Unidos e outras nações
Além da China, as tropas dos Estados Unidos participam ativamente da Operação Formosa 2024, dando continuidade à colaboração militar entre Brasil e EUA. O exercício conta ainda com representantes de países como França, Itália, Nigéria, Paquistão e República do Congo, reforçando o caráter multilateral do evento.
Em anos anteriores, a operação já registrou incidentes, como o acidente com um helicóptero da Marinha em 2023, que resultou na morte de dois militares e deixou outros 12 feridos. No entanto, a edição de 2024 segue sem maiores contratempos, reforçando a cooperação entre as nações envolvidas e o aprimoramento das capacidades militares do Brasil.
Com a realização da Operação Formosa 2024, o Brasil demonstra seu compromisso com a modernização das suas forças armadas e o fortalecimento das relações internacionais no campo militar, especialmente com a China, sinalizando um novo patamar de cooperação entre os dois países.
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Curiosa coincidência temos no nome dessa operação... 'Formosa' era o primeiro nome de Taiwan, ilha rebelde que a China usa para insuflar arroubos nacionalistas entre os seus... escondendo uma cobiça por controlar a eficiência de uma economia que foi fartamente financiada e amparada pelos EUA e o Japão... Vejo uma grande farsa nisso tudo... Não acho que em uma eventual invasão de Taiwan sobraria o know how industrial que seria a verdadeira razão da retomada do território... Morreria muita gente em um confronto que poderia escalar para uma guerra nuclear e mesmo que lá houvesse uma vitória chinesa o melhor da capacidade humana tecnocientífica fugiria para os EUA e Japão e as 'impressoras' de chips de memória seriam detonadas antes que pudessem roubar qualquer segredo... E ainda teriam que alimentar mais 26 milhões de bocas... Os chineses são muito pragmáticos e possuem muitos negócios com Taiwan... Agora vendo a coisa por outro lado o proxy cangaceiro dos americanos é capaz de roubar algum segredo dos chineses, ou melhor, algum plano dos BRICS??? kkk
República Chinesa do brasil.